O Grupo de Estudos da Criança e do Adolescente, instituído pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) com a finalidade de trocar experiências e debater a realidade social das crianças e adolescentes, reuniu-se nesta quarta-feira, 29, para debater o tema “violência autoprovocada”, que tem ganhado visibilidade a partir dos recorrentes casos de automutilação, suicídio e tentativas de suicídio.

Participaram das discussões profissionais das áreas da educação, saúde, assistência social e sociologia, a partir de suas vivências trabalhistas e da leitura prévia do artigo “Nem doente, nem vítima: o atendimento às ‘lesões autoprovocadas’ nas emergências”, texto que aborda as concepções e práticas de profissionais de saúde no atendimento a esse tipo de violência.

A violência autoprovocada tem acometido principalmente adolescentes, na forma de autoflagelações, como as práticas de cortar e arranhar o próprio corpo; ideação suicida e o suicídio. Segundo foi discutido no encontro, algumas situações de violência interpessoal também poderiam ser caracterizadas como autoprovocadas, nos casos em que a pessoa motiva conflitos com o intuito de ser agredida e se machucar.

A partir da discussão, foi proposta a articulação com o programa Saúde na Escola, do município de Palmas, para dar suporte às escolas, considerando que o problema tem sido recorrente. Além disso, foi discutida a necessidade das escolas notificarem o Conselho Tutelar sobre os casos, para que este possa requisitar, da rede socioassistencial, o atendimento especializado e para que este atendimento seja prestado com a maior agilidade possível.

O Grupo de Estudos da Criança e do Adolescente foi idealizado pela 21ª Promotoria de Justiça da Capital, não somente para aprofundar as discussões, mas também para aproximar os profissionais que trabalham na área e facilitar uma atuação articulada, segundo explicou a promotora de Justiça Zenaide Aparecida da Silva.

Fonte: MPE-TO

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