Foto – Seciju

A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) é parceira da campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) “16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra às Mulheres” e nesta matéria abordará sobre a violência psicológica que é considerada qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, sendo considerada como crime pela Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006.

A violência psicológica é praticada contra a mulher no âmbito doméstico e familiar, ou seja, ocorre em uma relação de familiaridade, afetividade ou coabitação e pode estar acontecendo com você, mulher. Então observe se seu relacionamento é marcado por ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, imposição de afastamento de familiares e amigos, isolamento do convívio social, insultos, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação, essas são algumas das formas de identificar se você está sendo vítima desse tipo de violência.

Para a gerente de Políticas e Proteção da Mulher da Seciju e psicológa, Flávia Laís Munhoz, tudo que cause prejuízos a saúde emocional da vítima está relacionado a violência psicológica, estando inclusa nas Três Fases do Ciclo da Violência, sendo comum que o relacionamento violento comece por esse tipo de abuso. ”Esse tipo de crime está associado a cultura social e também a necessidade do vínculo afetivo, medo de ficar sozinha, de perder os filhos, dependência financeira, entre outros. Esses são alguns fatores que obrigam a mulher a continuar vivendo uma situação de violência por medo de não conseguir viver sozinha e por falta de apoio externo”, pondera.

Flávia Laís lembra que essas violações são parte da cultura social. “Há uma relação com o machismo estrutural, a ideia da sociedade de achar que a mulher tem que ser submissa e permanecer naquela situação, mas é errado. É preciso observar mais, entender os sinais da violência. Se a mulher sofre com palavras e ações da outra pessoa, então ela deve buscar formas de tomar uma atitude e quebrar o ciclo da violência”, considera a psicóloga e gerente.

Quebra do ciclo

Sair do ciclo da violência não é simples, mas necessário, uma vez que se percebe, na maioria dos casos, a evolução da violência psicológica para os demais tipos, como agressões físicas, sexuais e feminicídio. “A melhor forma de sair dessa situação é buscar ajuda baseada em seus direitos e denunciar, mas independentemente dessa decisão, um passo primário ou paralelo a isso é a procura por atendimento psicológico ou psiquiátrico, seja na rede pública através dos Centros de Referência ou rede particular, pois a saúde emocional está completamente abalada, então é necessário reestruturar-se para conseguir quebrar o ciclo”, afirma Flávia Laís.

Onde denunciar

Central de Atendimento à Mulher: Ligue 180

Defensoria Pública do Tocantins:

Araguaína e região: 3411-7418

Gurupi: 3315-3409 e 99241-7684

Palmas: 3218-1615 e 3218-6771

Porto Nacional: 3363-8626

Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher:

Araguaína: 3411-7310/ 3411-7337

Palmas Centro: 3218-6878 / 3218-6831

Palmas Taquaralto: 3218-2404

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis:

Arraias: 3653-1905

Colinas: 3476-1738/ 3476-3051

Dianópolis: 3362-2480

Guaraí: 3464-2536

Gurupi: 3312-7270/ 3312-2291

Miracema: 3366-3171/ 3366-1786

Paraíso: 3361-2277/ 3361-2744

Porto Nacional: 3363-4509/ 3363-1682

Disque Direitos Humanos: 100

Ministério Público do Estado do Tocantins: 0800 – 646 – 5055

Política Militar: 190

Site do Ministério dos Direitos Humanos: ouvidoria.mdh.gov.br

Whatsapp do Ministério dos Direitos Humanos: (61) 99656-5008.

 

Por Lauane Santos/Seciju