Foto – Loise Maria
Faltas de medicamentos, utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os pés como toca; multiparâmetros em quantitativo insuficiente e monitor fetal que nunca voltou da manutenção. Estes foram alguns dos problemas detectados pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) no Hospital Materno-Infantil Tia Dedé, localizado em Porto Nacional, município distante 62 quilômetros de Palmas, após vistoria realizada nesta quarta-feira, 1º.
A vistoria foi uma ação conjunta da 2ª Defensoria Pública de Família, Infância e Juventude de Porto Nacional com o Núcleo Especializado de Defesa da Saúde (Nusa). Supervisionou a atuação a titular da 2ª DP de Porto, defensora pública Elisa Maria Pinto de Souza Falcão Queiroz e a equipe do Nusa.
Segundo Elisa Queiroz, há uma ação judicial da DPE-TO em curso que já teve decisão liminar recente para o Estado regularizar algumas inconformidades na maternidade, entretanto, a partir da vistoria foi constatado que não houve o cumprimento integral do que determinou a Justiça.
“A última visita ao Tia Dedé ocorreu há sete meses e verificamos, hoje, que muitas coisas não foram regularizadas, como a indisponibilidade de medicamentos e de tocas, que são um EPI essencial e que estão sendo substituídas por propés. Além disto, notamos que foram adquiridos monitores multiparâmetros neonatais e infantis, mas em quantidade insuficiente. Por fim, vimos que o equipamento cardiotocógrafo, que é um monitor fetal, está na manutenção há dois anos. Vamos, com isto, notificar novamente o Estado para que apresente explicações sobre estas inconformidades”, destacou a Defensora Pública.
A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-TO).
Em nota a Secretaria de Estado da Saúde informou que o Hospital e Maternidade Tia Dedé receberá, nos próximos dias, duas novas mesas cirúrgicas e três monitores multiparamétricos, para suprir as necessidades e atender as demandas necessárias.
A SES-TO esclareceu que apesar de algumas faltas pontuais, os pacientes acolhidos nas unidades hospitalares geridas pelo Executivo Estadual encontram-se assistidos, por medicamentos similares, que também atendem seus quadros clínicos.
Quanto aos equipamentos de proteção individual, a Pasta enfatiza que está com mais um processo de compra aberto, tendo em vista que os anteriores tiveram resultados fracassados e desertos.
Fonte – Ascom DPE-TO