A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) realizou uma vistoria no Hospital Geral de Palmas (HGP), na manhã desta quinta-feira, 13, quando foram identificados sete leitos sem uso na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) adulto por falta de profissionais qualificados para a atividade. A vistoria foi realizada em ação conjunta com o Ministério Público Estadual (MPTO), Ministério Público Federal (MPF) no Tocantins e Ordem dos Advogados do Brasil seccional Tocantins (OAB-TO).

Conforme o coordenador da Central de Atendimento em Saúde (CAS) da Defensoria Pública, Arthur Luiz Pádua Marques, na UTI para adultos, administrada pelo Hospital, também foi identificado déficit de equipamentos, como computadores. O Defensor Público explica que a situação, especialmente a dos leitos bloqueados por falta de pessoal, faz com que o Estado tenha que contratar leitos em unidades particulares: “A gente com demanda de pacientes precisando de leitos de UTI e com sete leitos bloqueados aqui porque não tem técnicos de enfermagem. Para se ter uma ideia, o protocolo diz que tem que ser dois técnicos de enfermagem para cada paciente, ali um técnico está com até seis pacientes (…). A equipe está adoecendo.”

Os integrantes da vistoria também estiveram na UTI pediátrica, atualmente com administração terceirizada, e a constatação é que o funcionamento e atendimento estão a contento.

Oncologia

Paralelo à vistoria nas UTIs, o coordenador do Núcleo Especializado de Defesa da Saúde (Nusa), defensor público Freddy Alejandro Solórzano Antunes, e a responsável pela Comissão da Saúde da OAB/TO, promotora aposentada Maria Roseli de Almeida Pery, estiveram no setor de Oncologia do Hospital, onde foram detectados problemas como: falta de insumos e descarte inapropriado de material resíduo perfurocortante, como seringas, que hoje é feito em caixas de papelão.

Após a vistoria, o diretor-geral do HPG, Leonardo Toledo, e o diretor Administrativo e Financeiro, João Carlos Medeiros, receberam os órgãos de controle para uma reunião sobre os problemas detectados. No caso dos leitos bloqueados, o Diretor-Geral reconheceu a situação, afirmando que a gestão tem tentado contratar de profissionais com a qualificação necessária para atuarem em UTI.

Pelo MPTO, esteve presente a promotora de justiça Araína Cesárea D’ Alessandro; e pelo Ministério Público Federal, o procurador da República no Tocantins Fernando Antônio de Alencar Júnior.