No período chuvoso  não é difícil avistar nas quadras da Capital onde há rede de drenagem pontos de retenção de água. Isso ocorre, em muitos casos, por causa de problemas do lado de fora da rede, isto é, nas ruas.

O lixo jogado em ruas e calçadas ou mesmo os resíduos domésticos mal acondicionados e que acabam, muitas vezes, rasgados por animais facilmente são levados pelo vento ou pela enxurrada para o bueiro mais próximo, o que poderá ocasionar seu entupimento.

A estudante Ádria Queiroz lembra que o problema acontece o ano todo, mas é no período das chuvas que todo mundo vê as consequências.  “Quando chove é um transtorno. Sempre vejo os restos de comida que ficam no chão na área de quiosques que frequento e eles acabam sendo levados para o bueiro e isso entope. Faz acumular água e fica mau cheiro. Sem falar que a água da rua demora a descer por ali”, diz Ádria.

Para solucionar esses casos e prevenir que mais apareçam, a Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp), realiza o trabalho, ao longo de todo o ano, a limpeza e o desentupimento de bocas de lobo, assim como troca e manutenção de suas estruturas, quando danificadas. De janeiro a junho de 2019, foram realizadas 523 limpezas e desentupimentos de bocas de lobo em diferentes pontos da cidade.

O entupimento de bocas de lobo resulta na diminuição da vazão da água e, por conseqüência, no aumento do tempo de escoamento e é essa, muitas vezes, a causa dos transtornos relatado por Ádria.  Ao invés de a água escoar entre 15 e 30 minutos após o término de uma chuva, a água acaba demorando mais a escoar, provocando alagamento.

“As bocas de lobo são estruturas de captação de águas pluviais, que levam a água para redes de menor diâmetro no interior das quadras que, por sua vez, são conectadas às redes de macrodrenagem – de maior diâmetro construídas no canteiro central das avenidas. Se alguma das bocas de lobo entope, há prejuízo no escoamento das águas. A rede de drenagem funciona como artérias e veias do nosso corpo e precisa operar sem obstruções”, esclarece o  engenheiro e secretário da pasta, Antonio Trabulsi.

Excesso de peso

Mas não é só a obstrução da entrada das bocas de lobo o problema.  O excesso de peso provocado por veículos transitando ou estacionando em cima da grade de proteção das bocas de lobo também é. Esse tipo de impacto causa problemas nas tampa, assim como na estrutura interna, a exemplo dos cavaletes.

Só de janeiro a junho deste ano, a Seisp realizou 130 reposições de estruturas de proteção chamadas de grelhas.  “A grelha permite a passagem da água mas mantém as caixas das bocas de lobos fechadas para prevenir acidentes e evitar que objetos entrem. A estrutura é de concreto e tem uma armação de aço, no entanto, ela não é feita para suportar peso contínuo de carros e caminhões sobre ela  e acaba quebrando”, explica Trabulsi.

Por isso, o alerta vem não somente sobre o prejuízo à estrutura que precisa ser reposta pelo Município. Quando o concreto da grelha se quebra, seus ferros acabam expostos gerando um risco de acidentes e ainda facilitando a entrada de objetos maiores nos bueiros.

Como colaborar

Para evitar acidentes ou pontos com pouco escoamento de águas pluviais, a Prefeitura de Palmas pede a colaboração da população para evitar o descarte de detritos nas vias públicas e que condutores não transitem ou estacionem sobre grelhas de bueiros.

No caso de bocas de lobo entupidas ou com tampas danificadas, qualquer cidadão pode solicitar o reparo e/ou limpeza informando o endereço e uma referência do local em uma das unidades do Resolve Palmas ou através do telefone (63) 3212-7404.

Fonte: Secom Pamas

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