Aprender sobre energia e meio ambiente por meio de experiências inovadoras que colocarão os estudantes para pensar e sentir a energia que está neles mesmos. Em síntese, esta é a proposta do ZUPT – A Energia da Vida, metodologia educacional desenvolvida pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Após uma série de testes “piloto”, o projeto já foi implementado em Cataguases (MG), além de ter sido apresentado em Campo Grande (MS). Agora, o ZUPT ganhará uma nova etapa, desta vez em Palmas, Tocantins. No dia 16 de dezembro, segunda-feira, a partir das 14h, o Auditório da sede da Energisa Tocantins receberá o lançamento do projeto, em evento com a presença de Alessandro Brum (Diretor Presidente da Energisa Tocantins) e Alankardek Ferreira Moreira (Diretor de Relações Institucionais).
Sob gestão da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) em parceria com o Centro de Cultura, Informação e Meio Ambiente (CIMA), o ZUPT pretende formar cidadãos conscientes e atentos ao consumo de energia, estimulando e apoiando o ensino da eficiência energética e da cidadania planetária na educação básica. Para isso, foi criado um projeto que fará parte de ações educativas das concessionárias de energia de todo o país, tendo como público-alvo estudantes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental e os educadores de escolas públicas e privadas. É importante ressaltar que o ZUPT será executado por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Energisa Minas Rio, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e que tem como objetivo promover o uso eficiente da energia elétrica.
Kits Lúdicos – As experiências elaboradas pela ZUPT contam com ações presenciais e digitais para atender às diversas singularidades das escolas e do público — estudantes e educadores — de todo o país e foram elaboradas com um design que fundamenta sua metodologia. Desta maneira, foi desenvolvido um kit contendo experiências físicas como jogos gigantes de quebra-cabeça com lupas, blocos coloridos magnéticos, dados interativos que contam histórias, figurinos para teatralização, entre outras peças.
Já os conteúdos digitais incluem jogos de corpo criativo e dança, games, podcasts de contação de histórias, vídeos explicativos e de animação, história gamificada animada incluindo um laboratório virtual para experimentos científicos. Todos os conteúdos do projeto foram pensados em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Plano Nacional de Educação (PNE) e estabelecem também conexões com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
Além de experiências inéditas que serão oferecidas para escolas de todo o Brasil, a metodologia ZUPT traz um formato de aplicação inovador para os educadores. A partir das especificações técnicas e de conteúdo de cada experiência (são quase 50 possibilidades), os educadores — grandes mentores e cocriadores do projeto — poderão escolher de maneira não linear, aquela ou aquelas que mais se adaptem às suas turmas, permitindo, assim, que cada grupo de estudantes tenha a sua própria jornada no ensino da eficiência energética e da cidadania planetária.
Os educadores terão acesso aos materiais digitais por meio de uma plataforma online, que contará também com a gravação do curso de formação na metodologia proposta, além de ferramentas de apoio e suporte tecnológico para auxiliar na aplicação do projeto em sala de aula.
Personagens – Para que as crianças e os adolescentes se identifiquem com as experiências propostas e as inovações pedagógicas do projeto, o ZUPT foi desenvolvido usando o que há de mais criativo e disruptivo em termos de experiências em sala de aula. Por isso, foi criada a Turma ZUPT, personagens que abordarão o tema de forma interativa, sensorial e emocional.
A turma é composta por sete personagens: Nina, Benjamim, Luzia e Toni (quatro alunos entre 5 e 11 anos de idade da Escola Cidadão Planetário; o professor Albert; a engenheira eletricista Damiana e o Chocante, um cãozinho vira-lata caramelo. Os personagens, com múltiplas idades e competências, foram criados dentro de uma perspectiva de diversidade, valorizando os vários estudantes que existem em escolas espalhadas por todo Brasil. Desta maneira a história inclui criança de baixa visão representando a inclusão, criança preta, criança indígena e professor com imagem fora do “padrão”.
A história se passa em uma ilha cheia de magia, a Ilha Maravilha, onde tudo pode acontecer e, a cada novo aprendizado da turminha, uma ponte é construída e uma passagem para um novo mundo, aberta. As crianças vão se reconhecer nos personagens e aprender, a cada aventura, algo importante para colocar em prática na vida real, nesta jornada pelo mundo da imaginação e da educação com novos significados.
Com sua atuação, o ZUPT confirma de maneira prática o seu objetivo de fazer com que pequenas atitudes e mudanças de hábitos gerem grandes transformações sociais, por meio das crianças como multiplicadoras das experiências vividas em sala.