- Após o escândalo da operação “carne fraca”, os brasileiros estão com receio de comprar carne com medo que de ela esteja alterada ou até mesmo estragada. Segundo o R7, o varejo paulista já percebeu redução nas vendas de embutidos de carne e carne in natura.Pedro Eduardo de Felício, da faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, explicou ao BBC que a polícia agiu mal com relação à divulgação das informações da operação Carne Fraca.Segundo a engenheira de alimentos, Carmen Castillo, da USP, alguns ingredientes citados na operação “são necessários para o processamento dos alimentos e é preciso tomar cuidado para não demonizá-los”.
“Não é problema usar esses ingredientes (em alimentos processados e embutidos), o problema é não respeitar os níveis permitidos na lei”, disse à BBC Brasil.
A polícia descobriu que as empresas, JBS e a BRF, utilizavam esses ingredientes acima da quantidade permitida na regulamentação. Assim, eles conseguiam maquiar o aspecto físico do alimento estragado ou com mau cheiro.
A operação também descobriu esquema de propinas que supostamente liberava carnes vencidas e adulteradas.
Carnes estragadas podem transmitir doenças como o E-coli e Salmonella, o que causa intoxicação. O Centro de Referência da Pecuária Brasileira – Zebu (CRPBZ) listou alguns passos para identificar uma carne estragada:
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1. Cor da carne
A cor da carne pode indicar se a carne está estragada ou não. É importante checar a data de validade, mas uma carne estragada não precisa ter passado da data de validade para estar estragada.
A cor ideal da carne é de vermelho púrpura, cor de sangue. Mas em contato com o ar, ela pode ficar mais escura. Dependendo do tipo da peça, a cor varia. Evite carnes com cor muito escura ou de vermelho brilhante. Cores pretas ou verdes na superfície da carne é um sinal de que bactérias começaram a crescer.
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2. Cheiro
O cheiro é o fator mais importante. Segundo a rádio CBN, especialistas dizem que é muito difícil disfarçar o cheiro de uma carne estragada. Muitas carnes são vendidas embaladas, então o consumidor pode comprar a carne e assim que chegar em casa deve lembrar de cheirá-la. Se a carne tiver com um cheiro de ranço, mofo ou qualquer cheiro desagradável, ela não deve ser consumida.
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3. Textura
A carne não pode ter uma textura viscosa ou pegajosa. Segundo o CRPBZ, isso é sinal de que bactérias estão começando a se multiplicar sobre a superfície da carne.
Mesmo após preparada, deve-se checar se a carne possui pedaços viscosos. Pedaços viscosos e manchas no interior indicam que a carne está ruim.
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4. Temperatura
No mercado, verifique se o lugar de armazenamento da carne é apropriado e se tem uma temperatura baixa. A temperatura é de extrema importância para manter a carne fresca. A carne nunca deve ser mantida em um ambiente quente. A temperatura deve sempre ser inferior a 7 graus.
A rádio CBN informou que o consumidor também deve tomar cuidado na maneira que refrigera a carne em casa. Manter a carne na geladeira por 2, 3 dias pode sofrer uma contaminação, já que a temperatura de uma geladeira em casa pode não ser ideal.
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5. Data de fabricação
Prefira comprar uma carne mais próxima da data de fabricação do que da data de vencimento.
Se você comprou uma carne e percebeu que ela está ruim, leve o produto com o recibo de volta ao supermercado.
Fonte: Familia.com.br