O julgamento de Allan Moreira Borges, principal suspeito de matar a esposa, a professora Heidy Aires, está mantido para esta terça-feira (18), às 9h, no Fórum de Palmas. O movimento mais recente no processo é a autorização que o juiz Willian Triglio da Silva, da 1ª Vara Criminal da capital, deu neste domingo (16) para que defesa e acusação juntem novos documentos e vídeos nos autos.
Tratam-se de reportagem jornalísticas que os dois lados pretendem mostrar durante a audiência e também de um laudo particular feito a pedido de Borges. A defesa quer usar o documento para questionar alguns aspectos da perícia oficial do caso.
A professora foi encontrada morta na noite de 6 de dezembro de 2014, na casa dela, na quadra 1204 Sul, em Palmas. Ela lecionava na escola municipal Padre Josimo Tavares. O caso gerou comoção na cidade.
A Polícia Civil concluiu o inquérito policial ainda em 2015. Durante as investigações o corpo da professora precisou ser exumado para coleta de material genético.
Os exames deram positivo para a presença de material genético de Allan Borges nas mãos da professora. Naquela ocasião, o delegado informou que resultado mostrava que a professora teria tentado se defender de agressões do marido antes de morrer. Este é um dos elementos que a defesa questiona no novo laudo.
O primeiro júri sobre o caso foi marcado para março deste ano, mas precisou ser adiado porque algumas testemunhas não foram localizadas. Allan Moreira Borges responde ao processo em liberdade. Ele sempre negou todas as acusações.
A morte
A professora foi localizada em casa após parentes não conseguirem contato por celular e decidirem arrombar o portão. Heidy Aires estava caída no chão do quarto com perfurações de faca. No dia do crime, o marido afirma que estava em Gurupi quando tudo ocorreu, mas a Polícia Civil afirma que ele planejou o crime e deixando o celular no sul do estado propositalmente enquanto se deslocava para Palmas no intuito de cometer o assassinato.
Conforme a SSP, foram desferidos quatro golpes de faca que atingiram o pescoço e o tórax da vítima. Foram encontrados vestígios de sangue ralo e no registro do chuveiro, o que indica que o assassino tomou banho após o crime.
fonte: G1 TO