A gigante chinesa de celulares Oppo revelou estar trabalhando em uma inovação de chamadas ponto a ponto sem a necessidade de redes móveis, como Wi-Fi ou Bluetooth. De imediato, a tecnologia batizada de MashTalk lembrou um aparelho que já esteve no imaginário de muita gente: o walkie talkie. Os famosos rádios foram febre nas décadas de 1980 e 1990, mas depois perderam vez para os smartphones. Nas linhas a seguir, saiba como funciona o dispositivo.

Como funciona o rádio

Desde o mais básico até o mais avançado, os walkie talkies utilizam frequências de rádio para estabelecer uma comunicação entre dois pontos – emissor e receptor. Uma mesma mensagem pode ser ouvida ao mesmo tempo por várias unidades, basta que elas estejam sincronizadas no mesmo canal. O ponto fraco é que para conexão acontecer é necessário que os módulos estejam dentro do alcance da frequência.

Para estabelecer a comunicação, o usuário precisa pressionar o botão “push-to-talk” (aperte para falar) e dizer a mensagem desejada. O áudio é reproduzido instantaneamente nos aparelhos receptores conectados. Caso alguém deseje respondê-la, a pessoa repete o mesmo procedimento após a outra terminar de falar. Para sinalizar o fim de uma mensagem, os usuários costumavam dizer “câmbio”. Quando chegavam ao fim da “ligação”, diziam “câmbio desligo”.

A tecnologia teve bastante aderência nos anos 80 e 90, geralmente usada para comunicação entre familiares ou grupos íntimos. O público jovem era o que mais utilizava os walkie talkies para marcar encontros ou trazer informações urgentes. A utilização para esse fim foi caindo em desuso com a chegada do celular, que começou a ser preferido por não ter limite de distância e apresentar uma conexão mais limpa e direta.

Histórico do walkie talkie e uso atual

Por ter trabalhado entre os anos 1934 e 1941 no projeto do walkie talkie, o canadense Al Gross é considerado seu inventor, mas o primeiro modelo (Motorola SCR-300) só chegou em 1940 com finalidade exclusivamente militar. Por esse motivo, a primeira aparição do rádio teve como palco a Segunda Guerra Mundial.

Ao longo dos anos foram desenvolvidos outros modelos com maior amplitude de frequência e com mais capacidade de canais, mas a maioria manteve a aparência robusta com a famosa antena – componente que fez parte dos primeiros celulares – pois aumentava a aderência do aparelho à mão e dificultava perdas.

Hoje em dia os Wakie Talkies são mais utilizados em empresas de segurança ou entre setores de uma organização. Ainda há usuários que adotam esta tecnologia para uso particular, mas é minoria. Contudo até pouco tempo atrás a Nextel possuía planos ilimitados para conexão entre rádios e, mesmo incorporado ao celular, muitas pessoas utilizavam esse meio de comunicação. A operadora encerrou as atividades de rádio em 2018.

A Anatel prevê o uso dos walkie talkies como rádios que estabeleçam conexão entre duas ou mais pessoas, devendo possuir 14 canais e operar nas frequências de 462,53 MHz a 462,74 MHz e de 467,53 MHz a 467,74 MHz, sem nunca ultrapassar os 500 mW permitidos. Ainda delimita a utilização da seguinte forma: comunicação com outra pessoa, enviar mensagens de emergência, auxiliar viajantes e efetuar um teste rápido. A agência destaca que os usuários devem dar prioridade a chamadas que envolvam segurança.

A Motorola ainda produz aparelhos para esta finalidade: o Motorola T400BR que conta com trinta canais e frequência de 30 km, com preço na faixa de R$ 360. Dependendo do uso que a pessoa atribuir ao walkie talkie, é possível encontrar um par com diferentes capacidades e valores em média entre R$ 130 e R$ 500. A Intelbras também oferece produtos do tipo.

Baseado nesta tecnologia, aplicativos de celular como Marco Polo e Zello Walkie Talkie tentam recriar a febre de outrora. Porém, diferentemente das características de rádio, dependem de uma rede de internet para funcionar. Ainda assim, os usuários encontram uma conexão personalizada para trocar informações.

Fonte: TechTudo

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