Maju Cotrim

A Noruega anunciou a suspensão de 300 milhões de coroas norueguesas (cerca de 130 milhões reais) em doações que seriam feitas até o final de 2019 para o Fundo Amazônia. O país é de longe o principal doador do Fundo Amazônia, respondendo por 94% das doações, seguido da Alemanha (5%) e da Petrobras (1%). Desde 2008, o Fundo já recebeu mais de R$ 3,4 bilhões em doações e tornou-se o principal instrumento nacional para custeio de ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além de promover a conservação e o uso sustentável do bioma amazônico.

O futuro do Fundo Amazônia está na corda bamba devido a impasses entre as nações doadoras e o atual governo em torno de dois pontos principais: distribuição dos recursos e governança.

O Fundo da Amazônia foi criado em 2009 e os recursos eram captados por governos de outros países. Os recursos são oriundos do Pré-Sal.

O Tocantins recebeu R$ 35 milhões nos últimos anos mas ainda não executou tudo. “Veio 28 milhões para o Meio Ambiente e tem mais outros 211 milhões de projetos envolvendo outros estados”, disse o secretário do Meio Ambiente, Renato Jayme em entrevista à Gazeta do Cerrado.

“O Fundo já investiu 30 milhões no Cadastro Ambiental Rural. Vamos fazer uma reunião com os financiadores para ver como vai ser agora”, disse o secretário Renato Jayme à Gazeta.

Com a paralisação, ele disse que não há nenhum impacto no momento. “Nossa preocupação e como vai ficar no futuro…quem vai financiar os novos projetos?”, Disse.

Segundo ele, o país passa por uma Discussão de um novo modelo de gerenciamento desses recursos. Jayme citou ainda o Fórum de Governadores onde os Chefes de Estado querem ter mais recursos no controle dos recursos.

“O Ministério vai suprir os Estados com os recursos ou como vai ficar? Essa é a nossa preocupação”, disse.