Equipe Gazeta do Cerrado
O Anuário da Segurança Pública mostra que em 2018 o Tocantins teve 273 pessoas desaparecidas. Em 2017 foram 293.
O levantamento porém não traz o número de pessoas localizadas ano passado. Em 2017, foram 163. O Anuário explicou que as informações sobre pessoas localizadas foram fornecidas pelos estados. No entanto, não foi possível apurar como o registro é realizado: qual o documento de base (por exemplo, Boletim de Ocorrência); se diz respeito a pessoas localizadas vivas ou mortas; se o encontro está ou não vinculado a eventos de desaparecimento previamente reportados; a que ano se refere o desaparecimento eventualmente antes reportado, ou seja, em que ano essa pessoa foi dada como desaparecida. Assim, os registros de pessoas localizadas no ano de 2017 não correspondem necessariamente aos casos de pessoas desaparecidas registrados no mesmo.
No Estado, um dos casos emblemáticos sobre o desaparecimento de pessoas nos últimos anos é o da menina Laura Vitória Oliveira da Rocha, que tinha 9 anos quando desapareceu em janeiro de 2016. Até hoje não há pistas do paradeiro dela.
Um dos mais recentes é o do desaparecimento do motorista Bruno Jales Ribeiro, de 33 anos de idade, que desapareceu em outubro do ano passado, segundo informou a família à polícia. O carro dele foi encontrado uma semana depois, na Praia do Caju, em Palmas.
De 2016 até o início deste ano já números já passam de 800 pessoas desaparecidas. Os casos registrados são investigados pela Polícia.
Estados
Em termos absolutos, os estados com o maior número de pessoas desaparecidas em 2018 foram: São Paulo (24.366), Rio Grande do Sul (9.090), Minas Gerais (8.594), Paraná (6.952) e Rio de Janeiro (4.619). Em termos relativos, taxa de desaparecimento por 100 mil habitantes, os maiores índices são do Distrito Federal (84,5), Rio Grande do Sul (80,2), Rondônia (75,2), Roraima (70,4) e Paraná (61,3).
De 2007 a 2018, as estatísticas somam 858.871 casos, quase quatro vezes (3,88) a população estimada do Plano Piloto, onde ficam as sedes dos Três Poderes em Brasília (DF). Nesse período de mais de uma década, a média é de 71,5 mil registros de pessoas desaparecidas por ano.
Lei em vigor no Tocantins
O governador Mauro Carlesse sancionou nesta quarta-feira, 7, a Lei n 3.524, em agosto deste ano, de autoria da deputada estadual Luana Ribeiro, que institui o alerta imediato para resgate de pessoas desaparecidas no Tocantins. Trata-se de um programa que objetiva agilizar o processo de recuperação de pessoas desaparecidas por meio da divulgação de emergência por emissora de radiodifusão e sites de internet.