Uma projeção feita por analistas da CM Capital, uma das maiores corretoras independente de valores do País, aponta que o desemprego no Brasil irá chegar, entre os meses de julho e setembro, a um taxa que pode variar de 16% a 19%. O último índice de desemprego registrado pelo IBGE ficou em 11,6%, referente ao trimestre de dezembro a fevereiro, portanto, período ainda fora do impacto da pandemia.
Em Goiás, essa perspectiva negativa não será diferente. De acordo com sondagem feita pela Associação Comercial, Industrial e Serviço do Estado de Goiás (Acieg), com cerca de 100 empresários, com apenas dez dias de imposição de medidas de isolamento por parte do Estado 23% dos entrevistados afirmaram que já precisaram fazer demissões.
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Por isso o home office, que ficou mais comum nestes tempos de pandemia, pode ser e será certamente o destinos de muitos profissionais que perderam seus empregos.
“O impacto negativo é inevitável, por isso já é bom tirarmos lições desta crise. Para sobreviver, profissionais de diversas áreas precisarão se reinventar. Serão muitos os que partirão para a consultoria, para dar aulas, para o trabalho autônomo e nestas situações é frequente que o escritório seja também sua casa”, afirma Marcelo Camorim, consultor empresarial e especialista em gestão e governança corporativa.
Dicas
Segundo ele, o home office já é algo comum em muitos países e por aqui no Brasil essa tendência foi acelerada devido às medidas de isolamento social imposta para combater o novo coronavírus.
“Devido a esse episódio da pandemia, muita gente e empresas descobriram que é possível, por meio da tecnologia, fazer muita coisa remotamente”, diz.
Mas o especialista lembra que essa nova forma de se trabalhar, embora seja uma tendência crescente, ainda exige muitas adaptações por parte da grande maioria dos profissionais. A primeira e principal dica dada pelo consultor é a disciplina.
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“Trabalhando em casa é grande a chance de perdermos o foco. Então é importante a quem se propõe a trabalhar no esquema de home office a ser rigoroso no cumprimento de horários. Tal como no ambiente laboral, é preciso cumprir horários de entrada, de saída, intervalos e também das reuniões”, explica Marcelo Camorim.
Para ajudar nesse foco quando se trabalha em casa, outra sugestão dada pelo consultor é vestir-se para o trabalho, mesmo se for cumprir expediente no ambiente doméstico. Buscar ter familiaridade com as novas tecnologias digitais e de comunicação é outra dica importante dada por Camorim.
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“A pessoa que, por acaso, tenha aversão à tecnologia não conseguirá trabalhar em casa. Não precisa ser um gênio tecnológico, mas dominar algumas ferramentas de comunicação digital é fundamental, como os programas de teleconferência e aplicativos de compartilhamento de documentos. Hoje com a internet de alta velocidade é possível realizar cursos, seminários e conferência totalmente de forma online”, destaca o executivo.
Por fim, outra dica dada pelo especialista é quanto ao espaço.
“Essas novas tecnologias que temos a disposição nos possibilitam montamos um escritório em qualquer lugar. Um celular, um notebook e internet e pronto você já pode começar. Porém, ter um lugar na casa específico para o home office também ajuda muito para se ter o foco necessário”, ressalta Camorim.
Fonte: Comunicação Sem Fronteiras