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O ex-policial Derek Chauvin, acusado pela morte de George Floyd, ganhou liberdade condicional nesta quarta-feira (7) após o pagamento de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,6 milhões), segundo documentos da Justiça dos Estados Unidos.

Derek Chauvin, acusado pela morte de George Floyd, em foto cedida pela prisão do Condado de Hennepin — Foto: Handout/Hennepin County Jail/AFP

Foto: Handout/Hennepin County Jail/AFP

Ele foi detido em maio após ser flagrado com o joelho sobre o pescoço de George Floyd em Minneapolis, nos Estados Unidos. Chauvin deve cumprir com algumas condições para continuar solto, conforme diz um documento enviado pela Corte ao xerife do distrito de Hennepin County, Minnesota.

Segundo o registro, ele não poderá voltar ao trabalho policial e nem se aproximar da família do ex-segurança negro. As acusações às quais Chauvin responde são as seguintes:

  • Homicídio em segundo grau — assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima
  • Assassinato em terceiro grau — quando se considera que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente

 

A acusação diz que Chauvin manteve seu joelho sobre o pescoço de Floyd durante 8 minutos e 46 segundos no total. Eles ressaltam que nos últimos 2 minutos e 53 segundos, o ex-segurança já não respondia mais. Floyd morreu em um hospital logo depois.

Policiais detidos

Além de Chauvin, outros três ex-policiais — também demitidos após o caso Floyd — estão presos e responderão a acusações de cumplicidade na morte do ex-segurança: J. Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao.

 

Os quatro ex-policiais acusados de envolvimento na morte de George Floyd: da esquerda para a direita, Derek Chauvin, Tou Thao (acima) e J. Alexander Kueng e Thomas Lane (abaixo) — Foto: Minnesota Department of Corrections and Hennepin County Sheriff's Office/Handout via Reuters.

Foto: Minnesota Department of Corrections and Hennepin County Sheriff’s Office/Handout via Reuters.

Os três também tiveram fiança arbitrada no valor de US$ 1 milhão.

Na ação que terminou com a morte de Floyd, Lane e Kueng foram filmados ajudando a pressionar o ex-segurança no chão. Thao guardou vigia entre pessoas que assistiam a cena e os policiais que seguravam a vítima.

Entenda o caso

“Eu não consigo respirar. Por favor, eu não consigo respirar”. essas foram as últimas palavras de George Floyd, registradas por vídeos que gravaram as súplicas e o exato momento em que o homem negro de 46 anos foi asfixiado até a morte pelo policial Derek Chauvin, em Minnesota, nos Estados Unidos, começavam a repercutir em nível internacional.

A brutal abordagem daquele 25 de maio durou 8 min 46s, tempo em que o policial passou ajoelhado sobre o pescoço de Floyd, e foi imediatamente repudiada por manifestações populares marcadas por ações diretas em Minneapolis, município onde aconteceu o crime. Delegacias e lojas foram incendiadas como forma de protesto.

*Com informações do G1 e BBC News