Foto – Felipe Menezes/Gazeta do Cerrado
Lucas Eurilio e Pérola Venâncio, Gazeta do Cerrado
A Polícia Civil do Tocantins deu detalhes da operação que acabou na morte de seis suspeitos de praticarem crimes do novo cangaço e, Divinópolis e Dois Irmãos, durante uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira, 3. A nossa equipe acompanhou in loco os detalhes.
Os criminosos morreram durante um confronto num matagal às margens da TO-324, em Miranorte, durante uma ação que envolveu também a Polícia Militar (BOPE), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Penal.
Segundo a polícia, o líder do grupo era Paulo Henrique. Ele morava em Palmas e já era conhecido da polícia, por cumprir pena justamente por roubos a bancos.
“Ele era um indivíduo de alta periculosidade e estava em liberdade desde o ano passado. Ele fazia subversão no sistema prisional e ficava em presídios de segurança máxima”, disse.
O Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Júlio Manoel da Silva Neto explicou que com que barreiras foram montadas para poder que os criminosos fugissem.
“Fechamos as estradas vicinais da região e próximo a Miranorte, quando demos o sinal de parada, eles já começaram a atirar. Chamamos o Samu, mas infelizmente eles morreram”.
O Comandante afirmou que todas as policias agiram de forma conjunta.
“Já é uma orientação nacional trabalhar juntos, recebemos essa diligência em conjunto. Apesar de ser da civil, as diligências foram divididas entre a PRF, PM e PF”.
Ainda conforme o comandante Júlio Manoel, grupo de 6 criminosos foram cercados durante a rota de fuga, entre Dois Irmãos e Miranorte. Ele disse também que o armamento do grupo era pesado, contendo fuzis, pistolas e bombas, evidenciando que eles estavam prontos para qualquer situação. Do grupo, dois eram de Paraíso do Tocantins, outro de Goiás, e outro do Maranhão.
Cicero Alexandre, da Inteligência da Polícia Penal, afirmou que alguns dos criminosos já tinham passagem pelo mesmo crime, como o cabeça do grupo que era de palmas “PH, como era conhecido, já cumpriu pena por crimes parecidos. Já tentou 5 fugas nos presídios Barra da Grota e Cariri, mas já estava em liberdade.
As evidências apontam que há coincidência entre os assaltos nas duas cidades, desde reconhecimento, dados móveis, porte físico e forma de agir. O Tenente Coronel da Polícia Civil, Fioravan, afirmou que apenas o armamento do grupo era pesado, mas não tinham experiência e técnica “muita força e pouco objetivo”, disse o Tenente.
Mulher morta com criminosos
Durante a coletiva de imprensa as forças de segurança foram questionadas sobre a mulher que morreu junto com os ladrões.
Conforme a polícia, ela era responsável por dar apoio logístico para o grupo no Tocantins.
“Ela dava apoio logístico, movimentava valores, armas, equipamentos para ajudar nos crimes do novo cangaço”.
Na ação, nenhum dos reféns ficou ferido.
Entenda o caso um pouco mais
A quadrilha do novo cangaço, responsável por explodir e roubar agências bancárias em Divinópolis e em Dois Irmãos morreu durante um confronto com forças de segurança, durante a noite desta quinta-feira, 2. Ao todo seis pessoas morreram
Segundo as informações da Polícia Civil, com a apoio da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, equipes ficaram de tocaia e os criminosos foram localizados num matagal às margens da TO-342, em Miranorte.
Ainda conforme a polícia, ao tentar abordar os criminosos, os militares foram recebidos a tiros e as equipes revidaram, momento em que houve um tiroteio.
A Polícia disse também que o líder do grupo criminoso morava em Palmas, alguns moravam em Paraíso do Tocantins, um de Goiânia e um do Maranhão.
Durante a operação foram localizados explosivos, fuzis, pistolas, carabinas, espingardas e coletes à prova de balas.
Após os procedimentos, os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML).