Bolsonaro e Lula – Foto – Divulgação

A campanha do mandatário do país, Jair Bolsonaro (PL), turbinou os gastos com propaganda na internet nesta reta final de campanha e já investiu quase três vezes mais dinheiro com anúncios no Google e no Youtube do que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Desde o início da semana passada, Bolsonaro gastou R$ 15,8 milhões com anúncios nas plataformas, conforme dados do próprio Google, valor sete vezes maior do que o recorde desembolsado para a campanha até então, que foi de R$ 2,12 milhões, às vésperas do primeiro turno.

Ao todo, a campanha bolsonarista já aplicou R$ 22,3 milhões em publicidade na plataforma, dos quais R$ 5,2 milhões foram segmentados para os moradores do estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, onde Bolsonaro passou os últimos quatro dias cumprindo extensa agenda.

Já foram mais de 900 anúncios pagos, cerca de 90% são vídeos curtos com até 1 minuto de duração no Youtube. No mais recente, direcionado para Minas Gerais, Bolsonaro diz que seu vice, o general Braga Netto, “é mineiro de Belo Horizonte”, e pede voto aos moradores do estado.

Em outro, direcionado para Salvador, a campanha afirma que o Auxílio Brasil de R$ 600 vai continuar no próximo ano e que não há corrupção no governo Bolsonaro. Para estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o núcleo bolsonarista impulsionou, na segunda-feira (24/10), vídeo no qual Bolsonaro se emociona ao falar da filha.

No mesmo período, a campanha de Lula investiu R$ 4,5 milhões para promover a propaganda petista no Google. Um dos vídeos anunciados é de uma música gravada por artistas que apoiam o ex-presidente convocando os eleitores a votarem em Lula no dia 30. A peça foi direcionada para 12 cidades do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, estados onde o petista perdeu para Bolsonaro no primeiro turno.

Ao longo da campanha, Lula investiu R$ 17,7 milhões em mais de 2,5 mil anúncios no Google. Um dos vídeos que o PT tem mais apostado nesta reta final é o que a senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno, critica o governo Bolsonaro e explica por que decidiu apoiar Lula na segunda fase do pleito.

Fonte – Metrópoles