Parada LGBTQIAPN+ em Palmas – Foto – Daniel Lélis/Divulgação
Lucas Eurilio, Gazeta do Cerrado
O Movimento LGBTQIAPN+ no Tocantins celebra nesta semana, 20 anos de resistência, luta e buscas por direitos. No Estado e em Palmas, pouco tem se debatido sobre a vulnerabilidade desta população, sendo Porto Nacional, pioneira nas discussões para criação de políticas públicas municipais, sobretudo para pessoas transexuais e travestis.
Leia sobre o assunto – DIVERSIDADE: Porto sai na frente e é a 1ª cidade do TO a começar discussões de políticas públicas municipais para travestis e transexuais | Gazeta do Cerrado
Mas, o que queremos afinal, enquanto pessoas LGBTQIAPN+? Queremos um olhar dos governantes para a pauta, espaço, e mais do apoio em eventos que celebram a cultura da nossa comunidade. Não basta apoio, que é importante sim, mas não o suficiente para que parem de nos matar. Onde estão as políticas públicas? Onde está o Plano Estadual de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos, engavetado em há quase 10 anos, com a desculpa que o texto precisaria de adequações, sendo que já haviam sito realizadas discussões com a comunidade e com a população. Vidas LGBTQIAP+ realmente importam?
O Brasil segue sendo o país que mais mata pessoas da Comunidade, sendo maioria travestis e pessoas trans e já ocupa o 1º lugar neste ranking há 14 anos consecutivos.
Para refletirmos sobre a violência – e também afetos – que nos acerca e para buscas resposta, vários coletivos organizaram para este domingo, 18, a 18ª Parada LGBTQIAPN+.
Os coletivos e associações que participam são: Coletivo da Diversidade Tocantinense em parceria com a Prefeitura de Palmas e conta com o apoio cultural de diversos parceiros, incluindo o Lanterna Louge Bar, Rede Gay do Brasil, Governo do Tocantins, Atrato, Coletivo SOMOS, Casa A+, Kadosh Digital e Jornal Interativo Político.
O presidente do Coletivo da Diversidade Tocantinense, Fernando Coelho, destacou a relevância do tema deste ano e ressaltou o que foi conquistado aqui no Estado nesses 20 anos de movimentação.
“Comemorar os 20 anos do movimento LGBTI+ no Tocantins é motivo de grande orgulho para todos nós. Ao longo dessas duas décadas, enfrentamos muitos desafios, mas também alcançamos importantes conquistas no que diz respeito à visibilidade e aos direitos da comunidade LGBTI+ em nosso estado. Esta Parada é uma oportunidade de celebrarmos essas vitórias e também de reforçarmos nossa luta por uma sociedade mais inclusiva e igualitária”, afirmou.
Concentração e percurso
Neste ano, a Parada acontece a partir das 14h com a concentração no Parque dos Povos Indígenas. Um trio elétrico deve sair por volta das 18h e segue em uma caminhada até a Avenida Palmas Brasil Norte, onde será o final do percurso.
A organização estima que milhares de pessoas da Comunidade e apoiadores da causa comparecerão ao evento.
Durante a parada haverão discursos político, atividades culturais e a festa será comandada por vários DJs e apresentações de cantoras e drag queens.
Homofobia é crime
Desde de 2019, após muita luta da Comunidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que o crime contra homossexuais e transexuais no Brasil se tornaria crime.
A aprovação da Lei aconteceu depois do descaso do Congresso Nacional e não abordar o tema, principalmente no governo de Jair Bolsonaro, quando a Comunidade foi mais atacada.
Com a Lei que ficou enquadrada na de racismo, a homofobia e transfobia no país passou a ter de 1 a 3 anos, podendo ser de até 5 anos em casos mais graves.
Leia aqui sobre o assunto – Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia marca trajetória de luta pelo fim da violência e por conquista de direitos | Gazeta do Cerrado
Fique ligado!
18 de junho de 2023
14h: Concentração da 18ª Parada do Orgulho LGBTI+ de Palmas no Parque dos Povos Indígenas
16h: Ato político e cultural
18h: Abertura da 18ª Parada do Orgulho LGBTI+ de Palmas
23h30: Encerramento – Palmas Brasil Norte