Na manhã deste sábado, 7, o movimento islâmico armado Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, marcando um dos maiores conflitos vividos pelo país nos últimos anos. Os ataques ocorreram principalmente no sul de Israel, com milhares de foguetes disparados. Os militares de Israel relataram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza“.

O Hamas assumiu a responsabilidade pelo ataque e anunciou que se trata do início de uma grande operação para retomar o território. De acordo com os serviços de emergência israelenses, pelo menos 40 pessoas morreram e outras 740 ficaram feridas como resultado dos ataques.

Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está em estado de guerra e lançou a operação “Espadas de Ferro”. Ele convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança e mobilizou um grande número de reservistas. Netanyahu enfatizou que Israel “vai ganhar” e que o Hamas pagará um preço alto por suas ações.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, afirmou que o Hamas cometeu um “grande erro”, e o governo israelense pediu aos cidadãos que sigam as instruções de segurança, buscando abrigo próximo a prédios e locais protegidos.

“As Forças de Defesa de Israel defenderão os civis israelenses e a organização terrorista Hamas pagará um alto preço pelas suas ações”, afirmaram os militares israelenses em comunicado.

O que se sabe até agora

Neste sábado, um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas contra Israel mergulhou o país em um estado de guerra. Segundo um comandante militar do Hamas, cerca de 5 mil foguetes foram lançados contra Israel, com sirenes de alerta de bombardeios relatadas em várias regiões, incluindo Jerusalém. Há relatos de edifícios danificados em Tel Aviv e outras cidades, além de confrontos em Sderot, no sul do país.

Mohammad Deif, comandante do Hamas, afirmou que este é o dia da “maior batalha para acabar com a última ocupação”. A mídia palestina relatou que vários israelenses foram feitos prisioneiros pelos combatentes, enquanto o Hamas divulgou imagens de um tanque israelense destruído.

Segundo agências de notícias, pelo menos 22 pessoas morreram e outras 545 ficaram feridas até o momento, com ambulâncias atuando em várias áreas de Israel. O grupo Jihad Islâmica Palestina anunciou que seus combatentes se juntaram ao Hamas no ataque contra Israel.

Líderes mundiais condenaram os ataques do Hamas contra Israel, incluindo o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Tierk, que pediu o fim imediato da violência em Gaza. O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e outras potências globais, com origens ligadas à resistência à ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, datando de 1987. Seu estatuto inicial exclui qualquer acordo permanente de paz com Israel e levanta preocupações sobre o antissemitismo do grupo.