Reportagem exibiria áudios do caso de médico indiciado pela polícia por estupro de vulnerável. Emissora buscar reverter a decisão…

Uma decisão proferida pela Primeira Vara Criminal da Comarca de Paraíso proibiu a veiculação de uma reportagem produzida pela TV Jovem Record em Palmas. A emissora recebeu o documento das mãos de uma Oficial de Justiça cerca de duas horas antes do início do telejornal Cidade Alerta que exibiria a denúncia contra um médico já indiciado pela polícia por estupro de vulnerável.

A decisão foi assinada pela juíza Renata do Nascimento e Silva que também estipulou multa diária no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento por parte da emissora. A liminar foi um pedido feito pelo advogado de defesa, Paulo Roberto. O médico foi preso em abril deste ano depois de investigação da polícia que apontou que ele é suspeito de estuprar a própria sobrinha de 14 anos e também uma babá de 25 anos que trabalhava na casa dele. A babá contou à polícia que os abusos teriam acontecido desde os 15 anos e não havia denunciado o caso antes porque sofria ameaças. Ela também afirmou em depoimento que presenciou os abusos por parte do suspeito contra a menor.

Além do médico, a mulher dele também foi indiciada pela polícia. De acordo com a investigação, ela sabia dos abusos praticados pelo marido, mas acobertava. No dia da prisão, os policiais também apreenderam na casa do suspeito armas de fogo e munições que não possuíam registro. No desdobramento do caso essa semana, a TV Record teve acesso a novos áudios que podem ajudar a justiça no caso. Foram exatamente esses áudios que despertaram na defesa do indicado a pressa para barrar a matéria jornalística. Em nota, a emissora afirmou que vai recorrer da decisão.

Nota da emissora

A TV Jovem Record exercendo seu papel e direito de mostrar os fatos, foi notificada nesta tarde de quinta-feira (16) a respeito de uma decisão da justiça que proíbe a veiculação de matéria jornalística que investiga um médico de Paraíso indiciado por suposto estupro de vulnerável. O nosso conteúdo jornalístico tem como objetivo denunciar e mostrar os fatos sem acusações. A defesa da vítima foi procurada para ter o seu devido direito de comentar o caso baseado no princípio da isonomia.  Respeitamos e acatamos a decisão da justiça com muita serenidade e estamos adotando as medidas legais para buscar reverter a decisão. Consideramos a medida uma censura prévia à atividade jornalística no estado do Tocantins.