Maria José Cotrim

A candidata ao Governo, Bernadete Aparecida do PSOL comentou nas suas redes sobre a rejeição de 21% apontada pelo Ibope para ela. “Será que as mulheres deste estado e tantas jovens progressistas deixariam sua única candidata, feminista, ser rejeitada?”, provocou. Segundo os números do Ibope, ela seria a segunda rejeitada pelos eleitores, perdendo apenas para Carlos Amastha que teria 28%.

Ela ainda afirmou: “Não se preocupem.Estou muito feliz com as intenções de votos logo na largada. Principalmente diante do meu patrimônio de R $ 0,00”, disse. Os números do Ibope a mostram com 1% das intenções de voto. Ela não declarou nenhum bem ao registrar a candidatura.

Um advogado também chegou a comentar o assunto nas suas redes e gerou repercussão. “Me parece que única explicação possível para a Bernadete Aparecida Ferreira, candidata do PSOL ao governo do Tocantins, ser colocada em segundo lugar no índice de rejeição (21%), é o machismo. A rejeição eleitoral, de uma forma geral, é proporcional a expressão política, logo apesar de toda sua contribuição junto aos movimentos sociais no Tocantins, a única cáustica possível é o fato de ser a única mulher no pleito”, postou. A candidata comentou: “A explicação é, além do machismo, a classe. Em pesquisas induzidas é fácil saber porque colocam tal rejeição em candidatas como Bernadora somando-se o índice dos que alegam não querer votar e os que ainda não sabem em quem votar”, disse.

Provocações

Bernadete é a única mulher na disputa e tem feito várias provocações com relação ao contexto político. “Quem tem medo do machismo e da oligarquia tocantinense?
EU NÃO. Estou aqui para Acabar com a cultura da violência no campo e na cidade que destrói principalmente a vida das mulheres. ESTOU AQUI PARA CRIAR A POLITICA DE ESTADO DE PROMOÇÃO, DEFESA E GARANTIA DA IGUALDADE PARA AS MULHERES”, disse.

Ela afirma ainda: “Quem precisa salvar o agronegócio e as mazelas que causa ao povo do Tocantins? Eu não! Estou aqui pela agricultura Familiar, pela justiça socioambiental, pela agroecologia e pela reforma agrária”, disse.

Ela é defensora e militante de várias causas sociais no Tocantins e sempre esteve á frente da Casa 8 de Março que acolhe e profissionaliza mulheres.