O presidente do Sindifiscal, João Paulo Coelho, protocolou documento oficiando o secretário da Fazenda, Sandro Henrique Armando sobre a paralisação de 24h da categoria de auditores fiscais, que ocorrerá nesta quinta-feira,13, a partir das 8h até às 8 h da manhã seguinte.

“O Sindifiscal informa que em protesto contra a forma e o descaso como vem sendo tratados os assuntos da categoria, e que em conjunto com todas as entidades que lutam pelos interesses do Fisco, faremos uma paralização de 24 horas em todo o estado”, alerta a redação do documento.

Ainda conforme o ofício, a entidade, “espera que não sejam necessárias outras medidas como essa, para que os interesses do Fisco Tocantinense sejam levados a sério e aguarda a continuidade das discussões das demandas”.

Entenda 

Os auditores ficaram insatisfeitos com a atitude do secretário da Fazenda na última terça-feira, 11, quando na sede da Secretaria da Fazenda, a categoria deliberou pela paralisação dos trabalhos de fiscalização.

Segundo as deliberações dos auditores fiscais, serão interrompidas as ações de fiscalização nos postos fiscais, sede da Sefaz, agências de atendimento, comandos volantes e delegacias regionais. A paralisação é o pontapé inicial para ações por parte da categoria contra a morosidade e o descaso do governo em relação a direitos básicos e compromissos assumidos pelo governador Mauro Carlesse durante campanha eleitoral, ainda nas eleições suplementares quando já era o chefe interino do Executivo.

“Estamos diante de uma situação que contradiz o discurso adotado pelo governo na campanha: a indisposição para o diálogo. O secretário deveria buscar, com prioridade, o entendimento com a categoria responsável pela administração tributária” frisou o presidente do Sindifiscal, João Paulo Coelho.

Tínhamos um acordo: a audiência ainda para esta segunda-feira. Hoje com a secretaria da fazenda lotada de auditores fiscais, fomos informados novamente da ausência do secretário e que, durante toda essa semana, ele não despachará no seu gabinete, coisa vem ocorrendo constantemente. Se a mobilização desses dias não surtiu efeito, precisamos apelar agora a outras formas de luta, essa é a primeira paralisação, que poderá desencadear outras ações por parte do fisco”, destacou a diretora de comunicação Magaly Guedes”.
O outro lado

A Gazeta busca ouvir o secretário da Fazenda e a pasta sobre a paralisação.