Especial Gazeta do Cerrado
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO), Cleiton Pinheiro, conversou com a Gazeta do Cerrado sobre os 23 dias do mandato conquistado nas urnas pelo governador, Mauro Carlesse.
O presidente apontou o ato do governador e da Secad que demitiu contratados e comissionados, como necessário para enquadramento do Tocantins na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e destacou que este cenário precisa ser mantido para conquistar efetivamente o equilíbrio fiscal.
Cleiton ressaltou que o Sindicato sempre defendeu o fim destas contratações por influências políticas.
“Agora é preciso fazer uma avaliação pontual e com critério para ver a real necessidade de cada área e recompor aqueles cargos que são realmente necessários. Os demais são desnecessários para funcionamento da máquina, era necessária por uma questão política do governo”, disse Cleiton.
Para o presidente, Carlesse precisa mostrar para a Assembleia que o Estado não pode sobreviver refém da política. “Ele tem que buscar mais o lado técnico e isso vem com valorização do efetivo”.
Na avaliação do sindicalista o governo está no caminho certo.
“Se ele conseguir segurar este posicionamento e não deixar a interferência política entrar, para mudar este caminho, nós acreditamos que o Estado dentro do cinco ou seis meses vai estar enquadrado na LRF e ainda deve consiga melhorar a nota do Estado, permitindo capitação de mais recursos”.
Ele ainda se diz surpreso com a coragem do governador: “Em 30 anos de serviço público eu nunca tinha visto um ato de um governador neste formato. Essa coragem de chegar e falar quem é contrato vai sair, só vai ficar realmente o Estado precisa para manter a máquina funcionando, quem é comissionado vai sair e eu sou vou voltar aquele que realmente for necessário dentro do órgão, sem inchar a estrutura para colocar A,B ou C para encaixar pessoas”, analisou Cleiton.
Outro ponto visto como positivo para presidente é a questão das disposições. “O governo ao revogar as disposições de servidores, como os da educação, ele traz para dentro uma massa do cargo efetivo e ele evitaria de fazer contrato.