Como os pássaros voam, ou como é se sentir como os pássaros a voar. Com o desejo de mostrar um pouco dessa emoção de “estar nas nuvens”, a piloto de parapente Márcia Finelli uniu a sua paixão por voar à fotografia, registrando o mundo lá de cima. Assim nasceu a exposição fotográfica, Pelos Olhos da Águia, que será aberta dia 28 de fevereiro, às 19 horas, no Salão de Exposição do Espaço Cultural José Gomes Sobrinho.
As fotos registram, segundo Márcia, a visão de um piloto de parapente, desde as belezas naturais a questões que envolvem a relação homem-natureza, como aguardar e entender qual é o vento perfeito e a condição ideal para desconectar os pés da terra.
“O voo para mim é cheio de emoções, concentração, liberdade. Cada voo é um momento único, a condição nunca é a mesma, isso me fascina, me traz à tona de que nada na vida é controlado ou premeditado e que a natureza sempre nos surpreende”, conta a Piloto.
Márcia ressalta que a fotografia surgiu em sua vida da vontade de mostrar para o público, a beleza de voar como os pássaros, mas, na visão do pássaro/piloto, a necessidade do treino, da reunião com os amigos, a espera por um vento, a conquista de um voo longo, alto. “A ideia é realmente mostrar a vida de um Piloto de parapente, sua paixão, seu ritual e as belezas que desfrutamos em contato direto com a natureza”, conclui.
Em, Pelos Olhos da Águia, o público terá acesso a imagens registradas entre os anos de 2016 a 2018, todas no estado do Tocantins, na Praia Graciosa, na rampa na Serra de Lajeado, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, no Luzimangues, em voos e em Axixá, onde também existe outra rampa no Estado. “Sempre representei o Estado por todo Brasil e a vontade é de mostrar essa maravilha para o mundo”.
Márcia Finelli
Há 16 anos, Márcia Finelli se dedica a prática do parapente, profissionalmente, com participação em competições nacionais e internacionais. Em 2011, Finelli foi a primeira mulher brasileira a fazer uma das mais temidas manobras do voo acrobático de Parapente, o Tumbling (um looping onde o atleta passa por cima da vela).
Mineira de Belo Horizonte, conheceu o esporte em Palmas e desde então dedicou-se totalmente em sua evolução e realizações pessoais, viajando pelo Brasil, conhecendo novas rampas e aperfeiçoando sua técnica, e também participou de treinos e vôos na Nova Zelândia e Chile.
Fonte: Secom