Existem várias formas indicadas para lavar frutas, verduras e legumes. Algumas delas indicam deixar os produtos de molho com água sanitária, bicarbonato de sódio ou vinagre. Mas qual seria a melhor estratégia?

A nutricionista Karen Alves, responsável pela segurança alimentar da Snack Frutas, delivery de cestas de frutas para escritório, indica um produto específico para realizar a tarefa.“Existe uma única maneira de higienização das frutas: a imersão de hipoclorito e retirada do produto com água corrente”. Ela esclarece que cada marca do produto aponta para um tempo específico de imersão, que deve estar descrito na embalagem.

Para quem não sabe, hipoclorito é, nada mais nada menos do que água sanitária. Porém, antes de passar no corredor de limpeza para garantir um frasco, vale notar que existem versões do produto específicas para uso em alimentos. Nesses casos, a marca deve ser registrada junto ao Ministério da Saúde.

A especialista explica que o líquido é um composto alvejante multifunções à base de cloro. Além da higienização de alimentos, há modelos utilizados para se livrar de insetos e fazer a limpeza da casa. “O que determina sua ação é a quantidade adequada de uso no momento da diluição. Algumas frutas, por exemplo, como pêssego, ameixa, kiwi, morango e nectarina são mais sensíveis e, portanto, demandam menor quantidade para que não haja deterioração”. Ainda de acordo com a nutricionista, a maior causa das intoxicações alimentares é a má higienização dos alimentos, o que torna o uso do hipoclorito ainda mais importante.

Há contraindicações?

Muitos dizem que o uso do hipoclorito é contraindicado para indivíduos com problemas na tireoide. Mas o método é recomendado pela Anvisa e não há evidências científicas que comprovem essa possível contraindicação.

O que pode trazer problemas é o enxague inadequado. A água corrente precisa eliminar todo o produto à base de cloro, e as instruções para fazê-lo precisam estar descritas no produto. “Os sintomas decorrentes do enxágue inadequado são relacionados nas fichas técnicas e na Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos (FISPQ). O fabricante ou fornecedor do hipoclorito deve dispor a documentação do mesmo, para que as pessoas  tenham ciência de sintomas e antídotos, para o caso de ingestão inadequada”, completa ela.