Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado

Não é de hoje que o Plansaúde é alvo de reclamações por parte de seus usuários. Com a mudança da administradora do plano de saúde dos servidores do estado do Tocantins a situação parece piorar cada dia mais.

Conforme relatos de servidores, em Palmas, vários especialistas não estão mais atendendo pelo Plansaúde e alegam falta de pagamento.

“Nossa situação frente ao nosso plano de saúde Plansaúde, está em seu pior momento. Nunca fomos tão desassistidos e humilhados, na nossa capital, Palmas quase nenhum médico quer atender pois estão a mais de 6 meses sem receber”.

Servidores alegam ainda que está muito cômodo para o governo do Estado que desconta a mensalidade em folha de pagamento e quando vai fazer atendimento não tem.

“Retira-se de nós mensalmente os valores e não repassam a quem de fato trabalhou, o mesmo (governo) ano passado trocou a administradora do plano por uma do Piauí de nome Infoway, a qual só problematizou ainda mais o atendimento, médicos descredenciaram, exames negados constantemente, demora excessiva na autorização de exames, longos dias de espera pra autorizar exames complexos e cirurgias, laboratórios e clínicas não estão atendendo”.

A Gazeta do Cerrado entrevistou Cleiton Pinheiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe). Questionado sobre as dificuldades atuais dos usuários do Plansaúde, ele foi taxativo.

“As maiores dificuldades enfrentadas pelos servidores atualmente estão em todos os aspectos. Em relação ao atendimento, uma grande parcela dos médicos não suspenderam, mas dificultam o processo. Quando fala que tem dinheiro, a vaga aparece na hora”.

Ele contou ainda que o sindicato está apurando a suspeita de falta de pagamento aos prestadores de serviço.

“Recebemos a informação de que 0 governo está deixando de pagar o prestador de serviço. Então, estamos apurando tudo e já pedi uma agenda com o secretário. Estamos aguardando essa agenda, pra poder cobrar do governo a regularização do PlanSaúde”.

Por fim ele ressaltou que para 2020, há muitas ideias para se discutir com o governo, para que essa “ineficiência” venha a acabar por falta do repasse.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins (Sintras-TO), Manuel Pereira de Miranda o governo é irresponsável.

“O Governo do Estado precisa ter responsabilidade com o Plansaude. Tá arrecadando dos servidores, não está sendo usado para pagar os médicos. A categoria não vai desistir do Plansaúde, que é um direito conquistado dos servidores”.

Ele disse ainda que o governo precisa abrir a “caixa preta” do Plansaúde para que todos saibam da real situação.

“Queremos que estado nos diga qual a real situação, o valor da dívida. O dinheiro está sendo descontado do servidor e tá indo pra onde? Nossa categoria não vai aceitar nenhum aumento a mais no plano até que todas as dúvidas sejam sanadas”.

O governo não se manfestou

A Gazeta aguardou por mais de 24 horas uma resposta do governo através da pasta da Administração sobre o cenário e mudanças previstas para este ano no Plansaúde, porém não recebemos reposta mesmo aguardando todo esse tempo.

Nossa equipe mantém o espaço aberto para que o governo se manifeste sobre o assunto tendo em vista que como veículo sempre prezamos por ouvir todos os lados.