Em maio deste ano, um levantamento realizado pela OpenSignal, empresa especializada em análise de conectividade de operadoras de internet, classificou o Brasil como apenas o 50º colocado em um ranking que mede a qualidade da internet 4G. O País fica atrás de nações como Kuwait e Myanmar. A colocação é ruim, mas não é surpreendente.
O levantamento levou em conta a média de velocidade de download ofertada pelas empresas no Brasil, que ficou em 13 Mbps, abaixo da média mundial de 17,6 Mbps. O líder do ranking é a Coreia do Sul, com conexão com velocidades no patamar de 50 Mbps.
Outro problema é a disponibilidade. Mesmo com uma melhora na oferta, o quarto padrão de internet móvel ainda é uma realidade distante para parte da população brasileira.
De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em maio, o Brasil tinha 228,65 milhões de celulares em uso no País e que realizaram 140,1 milhões de acessos móveis à rede 4G. O montante é 2,3 milhões superior ao registrado em abril.
Além disso, também em maio, segundo a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), 4.534 municípios estavam sendo atendidos pela cobertura 4G em maio deste ano, 12% a mais do que em 2018. O 3G, padrão mais lento, acobertava 5.424 cidades.
Os resultados são animadores, de fato, mas incorretos sob a ótica de que todos habitantes dessas cidades, que representam 96% e 99,6% da população, são atendidos de fato. Principalmente quando a discussão se dá fora do perímetro urbano das cidades.
Fonte: Exame