Foto – REUTERS/Rodolfo Buhrer
Opinião da Leitora – Por Ana Elisa Martins
Jornalista, Produtora Cultural e de Audiovisual
Estamos à menos de um mês para as eleições municipais no país. Serão mais de 60 mil pessoas eleitas democraticamente, e no Brasil, se é de conhecimento que o segmento político do legislativo é dominado pela classe masculina, em sua maioria branca e heteronormativa. Ao olharmos para a atual Câmara de Vereadores de Palmas, vemos apenas uma única representante mulher na plenária.
Apesar de nos últimos anos as atuações políticas exercidas por movimentos e coletivos, feministas, negros, indígenas e LGBTQi+, venham ganhando força e espaço no país, existem questões relativas ao universo político que só são resolvidas ou apresentadas através de representações políticas eleitas democraticamente, como a produção de leis e projetos que afetem diretamente a vida dessas minorias étnicas e sexuais.
Recentemente, tivemos em Palmas um exemplo claro de como esse segmento do legislativo pode afetar as políticas relativas as minorias. Em 2016, a Câmara votou um projeto de lei que vedava a discussão sobre a diversidade, gênero e sexualidade nas escolas do município, com uma ampla maioria da plenária votando a favor. Nesse ano de 2020 o STF revogou a lei, entendendo que essa ação era inconstitucional.
Isso nos mostra a importância da ocupação desses espaços por representantes que estejam alinhados as pautas socioeconômicas, de opressão patriarcal, antirracista e de políticas públicas verdadeiramente efetivas para as minorias políticas, étnicas e sexuais. Segue abaixo uma lista com algumas candidaturas de mulheres de Palmas, alinhada à essas pautas:
Charleide Matos, pelo Psol com o número 50.111;
Mulher preta, periférica e feminista. É estudante de Direito, militante em defesa dos Direitos Humanos e fundadora e coordenadora da casa Pérolas Negras no Jardim Taquari.
Facebook: https://www.facebook.com/charleide.matos.73
Instagram: https://www.instagram.com/charleidematos/
Germana Pires, pelo PCdoB com o número 65.065;
Professora da UFT, arquiteta e urbanista, especialista em planejamento ambiental e urbano. Foi secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, presidenta da Fundação de Meio Ambiente, secretária de Planejamento e Gestão e subsecretária de Educação do Município de Palmas. Germana foi recentemente apontada em mídia nacional como uma das candidaturas do país que tem com o foco a educação e que defende os direitos da infância e adolescência.
Facebook: https://www.facebook.com/germanapires65
Instagram: https://www.instagram.com/prof.germana/
Maria Vanir, pelo PT com o número 13.114;
Bióloga e educadora popular, já desenvolveu projetos como, formação e articulação com mulheres rurais nos territórios da cidadania do Bico do Papagaio e Jalapão e projeto técnico social de moradia popular.
Facebook: https://www.facebook.com/MariaVanirTO
Instagram: https://www.instagram.com/mariavanirto/
Eutalia Barbosa, pelo PT com o número 13.013;
Assistente social e militante da Marcha Mundial das Mulheres em Palmas, Eutalia sempre esteve ao lado da luta das mulheres, do combate ao racismo e a LGBTfobia, dos direitos humanos, da luta por moradia, por reforma agrária e urbana, por políticas sociais universais (saúde e Assistência Social) e por uma Educação Pública, gratuita, laica e de qualidade social.
Facebook: https://www.facebook.com/eutaliapt/
Instagram: https://www.instagram.com/eutalia.barbosa/
Thamires Lima, pela candidatura coletiva Somos, do partido PSB, com o número 40.180;
Administradora, mestranda em Comunicação e Sociedade pela UFT, é ativista e pesquisadora na área de Gênero e Diversidade, que é a Bandeira principal defendida pela candidatura coletiva a qual faz parte. Incluindo a defesa do direto das mulheres, da comunidade LGBTQi+, da juventude, da negritude, de combate a gordofobia, da inclusão e do fortalecimento do voluntariado em Palmas.
Facebook: https://www.facebook.com/SomosMandatoColetivo
Instagram: https://www.instagram.com/somospalmas/