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Carnaval: vacinação é recomendada para quem for viajar e alerta para o risco de DST’s

(Divulgação)

Com a chegada do período do Carnaval, feriado prolongado e festivo em todo o Brasil, muitas pessoas se organizam para viajar seja para conhecer outros lugares, curtir a festa carnavalesca ou ainda visitar parentes. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) alerta sobre algumas precauções necessárias para prevenir doenças.

Estar imunizado contra a febre amarela é uma delas. Ao todo 20 estados mais o Distrito Federal fazem parte da Área com Recomendação de Vacinação contra a doença. Recentemente, de acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 130 casos de febre amarela, sendo que a maioria se concentra, sobretudo, em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A lista completa dos municípios e estados com recomendação para vacinação pode ser conferida aqui.

Vale ressaltar que o esquema vacinal atual é de dose única, ou seja, só devem procurar as unidades de saúde pessoas que nunca tomaram a vacina contra a febre amarela. “Portanto, quem tiver o registro de pelo menos uma dose da vacina é considerado imunizado e não necessita de doses adicionais. As pessoas devem procurar cartões de vacina antigos para verificar a situação vacinal e se já houver registro da vacina, não há necessidade de revacinação”, reitera a enfermeira da Central de Vacinas da Secretaria Municipal de Saúde, Juliana Araújo.

A vacina contra febre amarela pode ser tomada por pessoas entre nove meses e 59 anos. Acima de 59 anos é necessária uma avaliação médica. A recomendação é tomar a vacina pelo menos dez dias antes da viagem.

ISTs

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O Núcleo de Assistência Henfil lembra que nessa época também aumentam os riscos para a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). “Causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos, as ISTs são transmitidas principalmente durante o ato sexual e as chamadas preliminares sem proteção com uma pessoa infectada”, alerta a coordenadora do Henfil, Roberta Barajas.

Roberta lembra que algumas destas infecções como a hepatite B, sífilis,  gonorreia , HPV e herpes são mais frequentes que uma infecção pelo HIV e também podem ter consequências graves e resultam no aparecimento de feridas, corrimentos, bolhas e verrugas, que podem evoluir para a infertilidade definitiva e mesmo para complicações mais graves, como câncer e até a morte.

Abaixo cinco medidas de segurança no Carnaval:

1 - Use camisinha - Além de evitar a gravidez indesejada, o uso da camisinha durante as relações sexuais está indicado inclusive durante o sexo oral, prevenindo a contaminação não só pelo vírus da AIDS, como também da hepatite B e C, gonorreia, herpes, sífilis, tricomoníase, candidíase, cancro mole, entre outros.

2 - Evite contato com vasos sanitários - No carnaval, os banheiros públicos costumam receber um número muito grande de foliões. Evite contato com os assentos dos sanitários e lave as mãos corretamente antes e depois do uso. Esses cuidados previnem o contágio de várias doenças infecciosas.

3 - Não compartilhe objetos pessoais e roupas íntimas – Nesta época, nas viagens com família e amigos, é comum compartilhar copos, talheres, toalhas, roupas de banho, banheiras, bidês entre outros. Esta prática também pode causar contaminação de diversas doenças transmissíveis, inclusive através da saliva.

4 - Não fique com trajes de banho úmidos por tempo muito longo - Doenças fúngicas (micoses), como a candidíase, se proliferam em ambientes úmidos e quentes. O ideal é tomar banho logo depois de ir à praia ou à piscina e vestir roupas secas.

5 ─ Evite beijar na boca de pessoas desconhecidas - O beijo transmite doenças como herpes labial, gengivite, candidíase, HPV, mononucleose, entre outros. Se a boca estiver ferida, ainda há risco da transmissão do HIV.

Testes rápidos

Caso as recomendações de prevenção não sejam seguidas, vale lembrar que os Centros de Saúde da Comunidade, as Unidades de Pronto Atendimento (Norte e Sul) e o Núcleo de Assistência Henfil ofertam testes rápidos. O Sistema Único de Saúde também distribui gratuitamente uma alternativa de emergência para o contágio do HIV. Trata-se da Profilaxia Pós-Exposição, ou simplesmente PEP, que evita a sobrevivência e a multiplicação do vírus HIV no organismo.

Para funcionar, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco, em até 72 horas, o ideal sendo nas primeiras duas horas. A pessoa deve procurar imediatamente um serviço de saúde que realize atendimento de PEP assim que julgar ter estado em uma situação de contato com o HIV. Em Palmas a PEP é ofertada nas Upas Norte e Sul.

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