Uma morte registrada em Xambioá, norte do Tocantins, está sendo investigada por suspeita de febre amarela. O caso foi registrado no dia 14 de janeiro, mas as informações só foram divulgadas nesta quinta-feira (2) pela Secretaria de Saúde (Sesau).

Ao todo, quatro casos suspeitos estavam sendo investigados pela secretaria até esta quarta-feira (1°). Sendo que três foram descartados para febre amarela.

Vacina

O caso que continua sob investigação é de um jovem de 22 anos que morava em Xambioá. Ele deu entrada no Hospital Regional de Araguaína (HRA) e morreu no dia.

“Não há motivo para alarde da população e que está garantida a oferta de vacinas contra a febre amarela em todo o Tocantins”, disse a Sesau. A secretaria afirmou que vai enviar equipe técnica à região para auxiliar os serviços municipais e prosseguir investigação epidemiológica e entomológica.

Risco
Segundo a Sesau os 139 municípios do Tocantins estão sendo orientados a reforçar a vigilância da doença, devido à proximidade com a região Amazônica, que é área de risco de transmissão. Por isso, qualquer caso suspeito deve ser notificado imediatamente.

Neste ano também foram notificados casos de morte de macacos, chamada de epizootia. Essas mortes são consideradas um evento sentinela que pode indicar a circulação do vírus da febre amarela em áreas silvestres.

As mortes de primatas ocorreram em Aparecida do Rio Negro, Porto Nacional, Tocantínia e Taguatinga. Todos os casos estão sob investigação.

“Claro que por estarmos em região endêmica é importante que toda população garanta a imunidade através da vacina e informe imediatamente ao agente de saúde ou à Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) o aparecimento de macacos mortos”, disse a médica veterinária da Gerência de Vigilância das Arboviroses do Estado, Lariane Azevedo.

Vacina
O Tocantins conta com um estoque de 25 mil doses da vacina contra febre amarela, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. As vacinas estão disponíveis em todas as salas de vacinação das unidades de saúde dos 139 municípios. A imunização está sendo intensificada em todo o país após um surto de casos suspeitos da doença atingir a região sudeste. Até agora são 14 mortes suspeitas em Minas Gerais e mais duas em São Paulo.

A vacina é recomendada para crianças a partir dos nove meses com reforço aos quatro anos. Adultos devem ter pelo menos duas doses da vacina para garantir a prevenção, conforme recomendação do Ministério da Saúde. As doses são aplicadas com intervalo de dez anos.