A Receita Federal divulgou a abertura de mais um leilão de eletrônicos apreendidos. O interessante dessas ofertas é o valor, comumente bastante reduzido se comparado aos mesmos produtos em lojas oficiais. No leilão atual, há smartphones da Apple, Xiaomi e diversas outras marcas, e algumas ofertas pedem lance mínimo a partir de R$ 350.
Ao todo, são 122 lotes com eletrônicos apreendidos pela Receita, advindos de compras internacionais tarifadas, porém não retiradas, além de tentativas mal sucedidas de atravessadores, que tentam enviar compras irregulares ao Brasil ou atravessando fronteiras sem pagar tributos de importação. Os lotes possuem smartphones e tablets de diversas marcas grandes, mas também há ofertas de eletrodomésticos e consoles de videogame.
Para participar, basta acessar o link ao final deste texto e ver qual o lote que mais se adequa aos seus gostos e necessidades. Vale lembrar que os lotes são localizados em estados como Pará e Roraima.
Como funcionam esses leilões?
É importante se atentar a alguns detalhes quando se tenta adquirir bens por meio de leilões da Receita Federal. Primeiramente, você deve ter percebido que mencionamos “lote” repetidas vezes no texto: isso porque a receita não disponibiliza separação de bens, e cada lote (olha aí, de novo) contém variados produtos, de vários tipos. Isso porque o objetivo é evitar que certas ofertas encalhem por falta de interesse do público.
Digamos, por exemplo, que você tem interesse em um iPhone X presente em um lote que também traz um liquidificador e um televisor. Você não vai poder escolher apenas o smartphone, sendo obrigado a comprar o lote todo (e pagar por isso). Aliás, o pagamento não é parcelado: ou se faz a liquidação da fatura à vista em até pouco mais de uma semana da aquisição do lote, ou no máximo, em duas vezes, onde a primeira parcela constitui um sinal de 20% do valor (pago no dia útil seguinte à aquisição) e o restante, cerca de uma semana depois.
Vale lembrar também, que o pagamento do valor é considerado pela Receita como um tributo (DARF), o que significa que, diante da aquisição e não pagamento, você será multado — severamente. E mais ainda: os bens comprados não têm qualquer garantia por parte do órgão, então danos e mau funcionamento não serão ressarcidos e você é obrigado a ficar com os bens, mesmo danificados. A Receita não aceita devoluções.
Finalmente: é responsabilidade do comprador retirar os itens; por isso, é interessante que você se atente aos locais dos leilões e depósitos dos produtos. Não tem muito sentido você que é de São Paulo dar lances em bens que estão em Roraima, por exemplo. Em alguns casos, a viagem sai mais cara que o produto e a vantagem do preço deixa de compensar. A Receita não faz entregas.
Ah, e falando em preços: tenha em mente que os valores marcados nos lotes são lances mínimos. Por se tratar de um leilão, prepare-se para: 1) pagar um preço um pouco maior do que o que está ali; e 2) competir com outros interessados. Na maioria dos casos, a compra compensa bastante. Mas se você vir que os lances estão subindo demais em um lote, talvez seja bom dar um passo atrás e reconsiderar.
fonte: Canal Tech