Rogério Tortola – Gazeta do Cerrado

O Secretário de saúde, Renato Jaime, se reuniu com os parlamentares estaduais nesta quarta-feira, 19, na Assembleia. Primeiro ele ouviu primeiro as demandas e questionamentos dos deputados.

Cláudia Lelis ( PV) demonstrou preocupação sobre a falta de centros cirúrgicos para determinadas cirurgias no HGP. “Não é possível que o paciente para fazer uma cirurgia de coração precise ser levado para Araguaína”, pontuou a deputada.

No HGP existem hoje seis centros cirúrgicos, mas para fazer, por exemplo, cirurgia aberta do coração o paciente precisa ser levado para Araguaína.

O deputado Fabion Gomes (PR) foi o mais incisivo e ressaltou que o governo tem sorte que hoje não exista, quase, oposição, caso contrário o Governo e o secretário estaria “apanhando” dos deputados da Assembleia. “Não podemos assistir o povo morrendo, daqui a pouco esta situação vai fazer com que a oposição apareça. Nós somos representantes do povo”, afirmou o Fabion.

O presidente da Casa, Antônio Andrade, pediu pelo hospital de Porto Nacional. “Queria pedir a você que diminua o sofrimento do nosso povo. A reforma diminuiu a quantidade de profissionais da saúde. Nós esperamos que tudo volte a normalidade o mais rápido possível. Todos os deputados querem ajudar, mas a gente precisa que seja agilizado o problema. Espero que o pessoal da linha de frente retorne”.

Renato Jaime

O secretário defendeu que em 2018 a saúde melhorou e falou sobre os pacientes nos corredores. “A gente tá trabalhando para eliminar pacientes no corredor. No HGP existem cerca de 15 pessoas no corredor”.

Citou a dificuldade de investimento no setor. “Temos 1% dos recursos da saúde para investimentos, este é um dos pontos crítico”. O orçamento previsto pela pasta para 2019 é de R$ 453 milhões.

Para suprir a falta atual de médicos, segundo o secretário foi realizado um chamamento público. “94 médicos aderiram ao nosso chamamento”. O secretário falou da dificuldade de colocar médico no interior.

Falta de medicamento

Sobre a falta de medicamentos, Renato Jaime, culpou os fornecedores, segundo ele existem mais de 100 processos para punir empresas que ganharam licitações e não entregaram os medicamentos.

E o plano estratégico para saúde?

Ao final era intenção do secretário apresentar o Plano Estratégico para Saúde, mas os deputados pediram para encerrar a reunião. Com isso apenas um ponto foi apresentado. A necessidade de uma Projeto de Lei para regulamentar a carga horária, principalmente de médicos e enfermeiros.

Emendas para saúde

Outro ponto que ficou parcialmente acordado, após os deputados se sensibilizarem com a falta de recursos para pasta, é a atribuição de emendas para saúde, para custei e investimentos nos hospitais.