Uma investigação descobriu que dentendos da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP) montaram um cassino e realizaram rifas de carros e motos roubadas. Escutas autorizados pela Justiça revelaram o esquema.
Conforme a polícia, criminosos que estavam livres, faziam o roubo dos veículos e depois dividiam os valores entre os membros de uma facção criminosa. A investigação teve início, quando a Polícia Civil encontrou um carderno com anotações de registros dos membros da quadrilha.
Nas anotações estavam nomes, apelidos, funções e presídios pelos quais os criminosos tinham passado foram encontrados.
Em um dos diálogos, o detendo apresenta o cassino para outro preso. “Os parceiros ali tão jogando, apostando, mas se for ver eles tão fazendo um trampo ali”.
Já uma mensagem de texto revelou a rifa dos veículos e até o estado onde ele foi roubado:
“… que todos façam ótimo proveito de seus merecidos prêmios, abaixo segue as premiações … 1= prêmio :1 carro no valor de 40.990 R$ – N° 07,746 local : estado do (Mato Grosso do Sul) rua . 2= prêmio : 1 carro no valor de 36.290 R$ -N° 09,805 local : estado do (Paraná) sistema. ..”
Emerson Francisco Moura, responsável pelo caso, disse que o cassino, tinha como objetivo
ajudar financeiramente em atividades criminosas. “Nós identificamos que dentro do sistema prisional, eles criam essas rifas e cassinos para arrecadar dinheiro e financiar o crime na rua, ou patrocinar aqueles que não tem condições”.
Segundo funcionários da unidade prisional, os pavilhões são divididos entre as quadrilhas e que os próprios presos escolhem onde vão ficar quando entram no sistema prisional.
“O servidor é obrigado a perguntar. Porque se ele for um preso de uma facção rival e for para outro pavilhão, ele acaba morrendo”.
Ao todo, cerca de 40 pessoas foram indiciadas por supostamente integrar a quadrilha.
O Estado disse que o sistema prisional do Tocantins está sendo reestruturado para que sejam inibidas ações de quadrilhas e diminuir superlotação.
*Com informações do G1 Tocantins