Ary Borges fez hat-trick na estreia de Seleção Brasileira feminina na Copa do Mundo — Foto: Reprodução/TV Globo
A maranhense Ary Borges brilhou na Seleção Brasileira feminina marcando um hat-trick (três gols) e ainda dando passe para outro gol na goleada contra o Panamá, na estreia pela Copa do Mundo.
Dino Borges, pai de Ary, contou ao g1 um pouco da trajetória da atleta, que foi criada pela avó e conviveu dos 3 aos 10 anos com a saudade dos pais até ir morar com eles em São Paulo, para onde se mudaram em busca de trabalho. Foi então que Ary começou a sonhar com um futuro no esporte.
“Saí de São Luís quando ela tinha três anos e então eu fiquei mais de seis anos sem vê-la. Ela não tinha uma lembrança. Aí, a avó cuidou dela, mas sempre disse que Ary deveria conhecer os pais. Então ela veio para São Paulo quando eu e a mãe dela nos casamos”, disse o pai.
Em São Paulo, a infância foi difícil, pois Dino não tinha muitos recursos financeiros no trabalho de montagem de móveis planejados. Ainda assim, ele conta que nada faltou para a filha, especialmente os materiais esportivos que ela precisaria para jogar.
“Tinha dia que ela não tinha passagem, mas a gente se esforçava. Chuteira pra ela, vale transporte, tudo fizemos nesse tempo em que tivemos dificuldades, mas eu fazia o máximo e o impossível para ela não perder treino e as aulas na escola”, contou Dino.
Ary é uma abreviatura carinhosa para Ariadina Alves Borges, de 23 anos, que nasceu em São Luís, e morou com a avó, que deu liberdade para a menina jogar com os garotos na infância e desenvolver a paixão pelo futebol.
Quando se mudou para São Paulo, o pai a colocou para jogar com homens 20 anos mais velhos e ela se destacou. “Essa menina fez tudo isso comigo e agora tá arrebentando!”, disse Dino Borges, pai de Ary, ao programa Encontro e citando o que os antigos adversários dela pode estar pensando, atualmente.