Sócios da empresa de viagens 123 milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira compareceram ao Ministério da Justiça na tarde desta sexta-feira (1º) em reunião com representantes da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom). Eles não apresentaram um plano de ressarcimento aos clientes que tiveram os pacotes cancelados.
Uma nova reunião foi marcada para daqui a duas semanas, quando serão definidos os mecanismos que vão ressarcir os clientes.
A 123 Milhas cancelou seus pacotes promocionais, levando compradores a perderem as viagens. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial, que foi aceito pela Justiça.
O secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, afirmou após a reunião que todos os pacotes comercializados pela empresa antes do pedido de recuperação judicial terão um plano de ressarcimento.
“Como é que vai ser? Vai ser com voucher, vai ser com dinheiro? Que critérios vão ser usados? Critérios cronológicos, critérios de urgência da viagem? Por exemplo, se alguém comprou uma passagem porque tem que se submeter a uma cirurgia numa outra cidade, eles garantiram que isso aí vai ter um atendimento imediato. Isto vai ser organizado na base de um acordo que eles vão tratar conosco e com a justiça”, disse Damous.
Os sócios da empresa afirmaram que os problemas nos pacotes de viagens ocorreram por questões de crédito, com banco, a alto preço das passagens, entre outros.
Na reunião, os donos da empresa explicaram que precisam continuar em operação para não quebrarem.
“Se e a empresa for a falência, aí perde todo mundo. Perdem eles, perdem os consumidores , perde todo mundo. Então, eles enfatizaram é que pra esses contratos pós pedidos de recuperação judicial que não envolvem esses pacotes flexíveis, que esses são os complicados, isso aí não haverá problema”, afirmou Damous.
Segundo a Senacon, uma nova reunião foi marcada para o dia 14 de setembro e a empresa se comprometeu a apresentar informações sobre o número de consumidores prejudicados e o plano de ressarcimento.
Representante do Ministério Público Federal também acompanhou a reunião.
Damous afirmou também que a Senacon está notificando todas as empresas que tem esse tipo de negócio com a intenção de prevenção, para que expliquem sua operações e digam se estão em condições de cumprir com seus contratos.