Avanço

Após amplo diálogo, Governo conclui proposta do PCCR dos Profissionais da Educação; Veja como ficarão os salários!

Ouviu mais de 3,3 mil professores

Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), concluiu as alterações da proposta do novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Educação (PCCR) (Crédito foto: Governo do Tocantins)
Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), concluiu as alterações da proposta do novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Educação (PCCR) (Crédito foto: Governo do Tocantins)

Após ouvir mais de 3,3 mil professores de todas as regiões do Tocantins, em plenárias presenciais, nas 13 Superintendências Regionais de Educação, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), concluiu as alterações da proposta do novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Educação (PCCR). As mudanças que visam atender as demandas dos profissionais foram amplamente discutidas com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintet) e a Comissão Oficial. Agora, o texto segue para apreciação das demais pastas do Governo Estadual, incluindo a Secretaria de Estado da Administração (Secad), antes do envio do documento final à Assembleia Legislativa do Estado (Aleto).

Compõem a Comissão Oficial as secretarias de Estado da Fazenda (Sefaz), da Administração (Secad), do Planejamento (Seplan), Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintet) e Instituto de Previdência Social (Igeprev).

O governador Wanderlei Barbosa destacou que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração da Educação deverá ser enviado para a Assembleia Legislativa do Tocantins ainda este ano. “Estamos finalizando o PCCR da Educação, que será enviado à Aleto. Mas queremos fazer isso de forma dialogada, ouvindo os profissionais da categoria. Não vamos encaminhar um projeto que não tenha aceitação da maioria. Nosso compromisso é claro: melhorar a vida e a carreira dos nossos professores”, frisou o governador.

“O último PCCR é de 2014. São 10 anos de distorções e este é o início do processo de uma reparação histórica. Realizamos as plenárias, onde ouvimos os anseios dos nossos professores, discutimos as sugestões com o Sintet e reformulamos a proposta. Vamos aguardar a devolutiva das demais pastas e seguimos confiantes de que o PCCR será implementado rapidamente. Este é o desejo do governador Wanderlei Barbosa, assegurar que os educadores do Tocantins sintam-se, de fato, valorizados”, frisou o titular da Seduc, Fábio Vaz.

Avanços

Dentre os muitos benefícios destinados aos servidores, o novo PCCR da Educação prevê aumentos progressivos da remuneração dos professores. Com as mudanças, o salário inicial dos professores da Educação Básica, efetivos e estabilizados, passará de R$ 5.885,28, podendo chegar ao final da carreira docente com remuneração de R$ 14.992,86. 

O novo PCCR impactará cerca de 4,6 mil professores efetivos, que já passaram pelo estágio probatório. A proposta abrange também os 6.533 servidores inativos da educação aposentados por regime de paridade. 

Após a aprovação, o impacto financeiro do PCCR será de R$ 150.538.392,58 anuais, sendo que o montante adicional destinado à remuneração dos servidores efetivos ativos será de R$ 87.192.392,58 e de R$ 63.346.000,00 para o pagamento dos inativos.

Amplitude remuneratória                                                                                                             

Com as alterações do PCCR, a amplitude remuneratória do Tocantins, que é o aumento salarial entre o início e o final da carreira docente, será a maior da região Norte e a quinta melhor do Brasil.

Para os educadores da rede estadual em nível de Licenciatura, a amplitude do plano atual, que era de 43%, passará para 97%. No nível de Especialista, a amplitude será de 114%; e de 134% para os Mestres. No nível de Doutorado, o aumento saltará de 81% para 150%.

“Sair de 43% para 97% é praticamente dobrar a amplitude remuneratória. Estamos muito satisfeitos com mais esta etapa concluída. O plano foi construído com muito esforço, discutimos os cenários com muita responsabilidade e, agora, damos esse importante passo na construção do tão sonhado PCCR da Educação”, enfatizou o titular da Seduc, Fábio Vaz.

A vice-presidente do Sintet, Rose Franco, destacou os avanços das tratativas e a união de esforços para chegar à melhor proposta viável. “Este é um momento histórico. A categoria vai ganhar com o novo PCCR e o governo terá as condições de arcar com o que está sendo proposto. A luta não para por aqui. Seguimos dialogando com o governo nos pontos em que não foi possível acordar neste momento, para que os servidores sigam sendo valorizados”, pontuou.

Evolução salarial e tabela unificada

O novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos profissionais da Educação Estadual traz avanços significativos para a categoria. A nova tabela será unificada e organizada conforme a titulação do docente, distribuída em 11 referências horizontais. Essa mudança torna mais fácil para o servidor identificar sua posição na carreira.

Todos os professores efetivos da rede estadual serão beneficiados com a evolução salarial, incluindo os mais de 3,7 mil novos concursados. Os educadores especialistas, por exemplo, que estão atualmente em estágio probatório, representados na tabela como II – B e recebendo R$ 5.885,28, ao final do período legal para a efetivação, passarão a ganhar R$ 7.945,54. 

Já o professor normalista (Prono) doutor, que se encontra na letra H, com remuneração de R$ 8.839,57, passará  a receber R$ 11.014,77. Pela proposta, os concursados da Educação Básica com doutorado chegarão ao final da tabela, na letra K, recebendo R$ 14.992,86.

A proposta ainda garante uma valorização salarial expressiva ao longo da trajetória profissional, respeitando os limites da responsabilidade fiscal e assegurando a viabilidade de implementação do plano.