Brener Nunes – Gazeta do Cerrado
A eleição para diretoria do campus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins (UFT) acontece nesta quarta-feira, 11. A Gazeta do Cerrado bateu um papo com os dois candidatos, a Professora Marluce Zacariotti, e com o professor Marcelo Leineker, sobre as propostas para o maior campus da universidade.
Chapa 1 – Viver e Integrar o Campus
O professor dos cursos de Engenharia de Alimentos e Ciência da Computação, Marcelo Leineker concorre à vaga de diretor pela Chapa 1 – Viver e Integrar o Campus, junto com seu vice, Eduardo Cezari, professor do curso de Pedagogia e de Biologia/EAD. Juntos, eles trazem uma ampla proposta dividida em eixos: Integração Administrativa, Acadêmica, Social e Bem-estar. “Nós vemos a universidade como um todo. Nossa proposta é atingir os objetivos da universidade, fazer um planejamento dos cursos de graduação e pós-graduação”, contou à Gazeta.
O primeiro eixo, Integração Acadêmica, foca na qualidade dos cursos. “Queremos a integração das atividades e o pleno sentido da indissociabilidade do tripé universitário: ensino, pesquisa e extensão na graduação e pós-graduação”, contou.
O segundo eixo, Integração Administrativa, segundo Leineker, tem base na eficiência, eficácia e efetividade. “É Integração, sistematização e automação dos processos”, disse.
O terceiro e último eixo, Integração Social e Bem-estar, foca na gestão de convivência, lazer, esporte, cultura e arte. “Visa a Integração da comunidade acadêmica, externa e projetos que promovam além da melhoria da qualidade de vida das pessoas que frequentam o campus de Palmas”, explicou Marcelo.
A Gazeta perguntou também sobre assuntos polêmicos, como as obras paradas dentro do Campus, e a falta de recursos.
O candidato a diretor, contou que a gestão que iniciou as obras do complexo laboratorial em meados de 2011, solicitou os recursos, porém, não foram repassados. “As obras que estão em andamento são as que estão com os contratos vigentes com as empresas, as outras só serão finalizadas quando os contratos forem regularizados”, explicou.
Sobre recursos, Marcelo conta que nunca houve redução no orçamento. “Nosso orçamento cresce de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB). Se ele crescer 5%, orçamento da universidade cresce 5%, mas nunca diminui, ele é limitado ao PIB”, explicou.
“Nossa ação de eficiência é destinar o orçamento para o ensino, pesquisa e extensão. O segredo é racionar gastos, conter”, finalizou.
Chapa 2 – Em Nome do Campus
A chapa 2, encabeçada pela professora do curso de Jornalismo, Marluce Zacariotti, e sua vice Keila Beraldo, professora do curso de Economia, traz como sua principal proposta a garantia de que o campus funcione em sua estatura total, para que o professor possa trabalhar e o aluno tenha um aprendizado de qualidade.
“Nossa proposta é autonomia, gestão além da crise”, disse Marluce à Gazeta. “Queremos espaço de socialização, laboratórios em boas condições, iluminação, segurança. Nós não temos o básico para dar aula e para o aluno aprender”, destacou.
A candidata à diretora do campus de Palmas, afirma que está tudo abandonado. “Os banheiros não tem água, a d’Água é o tempo todo derramando”, pontuou.
“Queremos que o campus funcione com qualidade e efetividade”, afirmou.
“A proposta é criar um mecanismo, ampliar as vozes do conselho diretor”, contou.
Marluce também frisou o cuidado com o patrimônio da universidade. “Vigilância, serviços de limpeza e principalmente a construção do hospital universitário. Tudo isso deve ser pautado”, contou.
Sobre gastos, Marluce propôs a criação de um Portal da Transparência. “Existe uma caixa negra na UFT, ninguém sabe para onde vai nada. Todos devem saber onde, quanto e quando tal recurso foi investido”, pontuou sobre a falta de recursos e as obras paradas na universidade.
Ela relembra que o prédio onde agora se encontram os laboratoriais do curso de jornalismo, o Caleidoscópio, foi praticamente tomado pelos alunos e colegiado do curso, pois não houve iniciativa da direção do campus.
“Temos que pensar em estratégias que maximizem esses recursos, que já são poucos, com alunos em suas ações criativas. Incubadoras, empresas juniores. Tudo isso pode captar recursos para a universidade. Buscar emendas nas bancadas”, enfatizou.
“Uma hora eles dizem que há problema com o capital, depois dizem que é de custeio. Não entendo”, disse Marluce.
A professora também destacou que foi contra o regimento que proíbe as chapas de fazerem campanha em sala de aula. “Os alunos e professores se encontram nas salas de aula. Assim, nós ficamos em desvantagem. Entramos com recurso contra, mas foi negado. Isso é totalmente antidemocrático”, informou.
Marluce também esclareceu que não houve sequer uma nota sobre a eleição para diretor do campus no site da UFT.