Professor e economista, João Antolino Monteiro
Equipe Gazeta do Cerrado
Produtos essenciais mais caros e incerteza econômica. Muitas famílias estão preocupadas com os impactos causados pela pandemia do coronavírus. Por isso, a Gazeta do Cerrado convidou o consultor em finanças pessoais, economista e professor, João Antolino Monteiro para explicar aos leitores como agir nesse período. E ele foi categórico: “reduzir despesas nem sempre é um negócio fácil. Dependendo da renda, ela fica toda comprometida. Mas insisto, precisamos adequar nossas despesas a serem inferior à nossa receita”, comenta o professor.
A primeira dica dele é checar o consumo dos serviços essenciais, a exemplo de água e energia elétrica.
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“É preciso tornar mais eficiente os processos que realizamos em casa, sempre observando o tempo e a necessidade. Exemplo disso, o consumo de combustível, tempo de banho, forma de lavar roupa. Tudo isso, interfere”, explica João Monteiro.
Outra dica é sobre as compras. O professor chama atenção para o fato de que elas “são maravilhas aos nossos olhos. Mas muitas vezes, poderiam ser evitadas”. Neste caso, a dica dele é simples. “Antes de comprar pergunte a você mesmo, por três vezes: Eu tenho essa necessidade? Isso é mesmo necessário? Consigo passar sem isso? Se sua resposta for não, não e sim nessa ordem, não compre”, orienta.
Segundo o professor as perguntas são importantes neste momento, afinal as pessoas estão “mais propensos a consumir mais do que o necessário, caindo em empréstimos, cheque especial, rotativo do cartão de crédito.
Juros
João Monteiro lembra ainda que “economizar deve ser uma ação contínua na vida das pessoas, porém em determinados períodos essa necessidade fica maior, como nesse momento de crise”. E por mais que as pessoas estejam fragilizadas por conta da pandemia sendo “presas fáceis para as armadilhas dos juros baixos”, devem lembrar que “juros não são presentes, não são benefícios então evite-os.
Orçamento familiar
O professor alerta para o fato de que muitas famílias estão ficando com o orçamento reduzido e por isso precisam conhecer suas receitas (todo dinheiro que entra) e por quanto tempo elas vão se manter. Em seguida, listar as despesas (dinheiro que sai) e para onde está indo. “Sabemos que tem despesas que são difíceis de cortar ou mesmo reduzir, como remédios por exemplo”, explica.
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Fez isso? É hora de preparar o controle e identificação de despesas e isso é feito com o orçamento doméstico, que pode ser uma tabela simples em um caderno, celular ou no computador. “No caso de uma família sugiro que seja numa folha afixada em lugar que todos de casa possam ver”. E lembra ainda: “um orçamento equilibrado deixa uma margem livre de 20% da receita, uma vez que emergências surgem”.
João Monteiro diz ainda que cada família deve lutar por sua saúde financeira assim como luta pela sua saúde física. “Devemos ter em mente que que ficamos doentes quando a nossa vida financeira também fica”, avaliou.
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