Uma pesquisa feita por telefone pelo Ministério da Saúde, com mais de 25 mil motoristas, mostra que 1 em cada 5 brasileiros diz que usa o celular ao volante, enquanto 1 em cada 10 afirma beber antes de dirigir.

Os dados são da Vigitel, uma pesquisa feita por pelo governo para mapear os riscos de lesões de trânsito no país, e foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Ministério da Saúde.

Ao todo, foram entrevistadas 52,3 mil pessoas, das 26 capitais e do Distrito Federal. Destas, pouco mais da metade, 25,2 mil, são condutoras, e, portanto, responderam às perguntas sobre questões relacionadas ao trânsito.

De acordo com a pesquisa, 11,4% dos entrevistados afirmaram que já beberam antes de dirigir. Os homens, com 14,2% cometeram a infração com mais frequência do que as mulheres (6,3%).

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Considerando as capitais, Teresina, (24,1%), Palmas (20,3%) e São Luís (20,1%), foram as cidades com maior incidência da combinação entre álcool e direção. No outro extremo, as menores taxas foram observadas em Recife (5,7%), Vitória (6,0%) e Rio de Janeiro (7,6%).

A mistura entre bebida e direção é mais frequente entre jovens de 25 a 34 anos, com 14% dos entrevistados desta faixa etária. Em seguida, aparecem aqueles entre 35 e 44 anos, com 12,5%. Idosos de 65 anos ou mais são os mais prudentes – apenas 5,4% disseram ter bebido antes de dirigir.

O nível de escolaridade não está diretamente relacionado ao consumo de álcool antes de dirigir. Entre aqueles que responderam à pesquisa, e tiveram, 12 anos ou mais de estudos, 12,4% afirmaram que já cometeram o crime.

Por outro lado, 9,6% dos que tiverem entre 0 e 8 anos de estudo, disseram que já ingeriram bebida alcoólica antes de guiar um veículo.

Celular ao volante

Outra combinação perigosa, usar o celular ao volante, é ainda mais comum entre os brasileiros.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), usar o celular ao dirigir aumenta em 4 vezes a chance de o motorista se envolver em um acidente. Ainda assim, um quinto, ou 19,3% dos 25 mil entrevistados, afirmaram cometer a infração. Neste caso, há semelhança nos índices, considerando homens (19,6%) e mulheres (18,8%).

No entanto, a tendência de que os mais instruídos cometem a infração com maior frequência se repete. Nesse caso, um quarto dos entrevistados com 12 anos ou mais e estudos, ou 25,6%, disseram usar o celular enquanto dirigem, contra 9,2% daqueles que frequentaram a escola por, no máximo, 8 anos.

Entre as capitais, Belém (24%), Rio Branco (23,8%) e Cuiabá (23,7%) apresentam os maiores índices de desrespeito à lei, enquanto as menores foram observadas em Salvador (14,1%), Rio de Janeiro (17,1%) e São Paulo (17,2%).

Fonte: Auto Esporte G1