Em uma reviravolta chocante, um gerente de supermercado na região do Bico do Papagaio foi preso após ser acusado de desviar aproximadamente R$ 500 mil do caixa da maior filial do grupo localizada em Augustinópolis. O suspeito, de 54 anos, que era considerado um profissional exemplar e desfrutava da total confiança de seus empregadores, foi detido em Arapiraca (AL) nesta semana.
Augustinópolis fica no Bico do Papagaio e tem quase 18 mil habitantes — Foto: Divulgação/Prefeitura de Augustinópolis
Os desvios, que ocorreram ao longo de cerca de um ano, de maio do ano passado a junho deste ano, foram percebidos quando os proprietários realizaram uma auditoria minuciosa em todas as lojas da rede. O gerente de supermercado em questão, devido à confiança depositada nele, teve sua filial analisada por último.
Segundo o delegado Jacson Wutke, responsável pela investigação, o suspeito não levantava suspeitas devido à sua competência profissional e habilidade em cativar os clientes. O golpe só veio à tona quando os empregadores constataram uma diminuição nos lucros.
A confirmação dos desvios veio com a quebra do sigilo bancário do gerente, revelando uma movimentação financeira de entrada de R$ 650 mil em sua conta, mesmo recebendo um salário mínimo mensal. A análise minuciosa apontou para desvios totalizando R$ 468 mil, a maior parte realizada em depósitos em dinheiro.
Além do desvio de fundos, o suspeito investiu em um lote com uma casa simples, avaliado em cerca de R$ 200 mil. A propriedade foi adquirida à vista, seguida por reformas e melhorias.
Outros crime do gerente de supermercado
O delegado destacou que este não é o primeiro crime do gerente de supermercado, observando semelhanças com outros golpes registrados em diversos estados do país. Uma casa adquirida com os fundos desviados já foi alvo de sequestro judicial, enquanto outras medidas judiciais estão em andamento para recuperar o montante desviado.
O gerente permanece detido em Arapiraca (AL) e está prevista sua transferência para o Tocantins para enfrentar as acusações que recaem sobre ele. A comunidade local e os proprietários da rede de supermercados buscam justiça diante dessa quebra de confiança e violação de integridade financeira.
Leia também
Tocantinense perde R$ 236,5 mil em esquema comandado por presidiários do Mato Grosso
