Felipe de Jesus Magalhães, de 26 anos, está no epicentro de uma trágica sequência de eventos que culminou no assassinato de Madalena dos Santos Marques, de 50 anos, em Palmas. O Ministério Público revelou que Felipe já estava sob investigação por um caso de violência doméstica ocorrido em março deste ano, em São Paulo, onde a escalada de agressividade parece ter conduzido ao fatídico desfecho em Palmas.

Felipe de Jesus Magalhães tinha um relacionamento com Madalena dos Santos Marques — Foto: Divulgação

Durante a audiência de custódia realizada nesta terça-feira, 28, Felipe admitiu que o processo iniciado em São Paulo envolvia Madalena. Embora tenha enfrentado um mandado de prisão na ocasião, o pedido foi posteriormente revogado, permitindo que o suspeito continuasse seu padrão de comportamento violento.

A situação agravou-se em 5 de outubro, quando Felipe foi novamente preso por violência doméstica, desta vez após arremessar um celular contra a companheira. O promotor Felício Lima Soares destacou que essa agressividade reincidente culminou na trágica morte de Madalena. Felipe foi libertado no final de semana após uma audiência na Vara de Combate à Violência Doméstica, mas dois dias depois, Madalena foi brutalmente assassinada a facadas em sua própria cama, resultando na prisão em flagrante de Felipe no local do crime.

O Ministério Público Estadual salientou que Felipe já havia sido detido em outubro, permanecendo atrás das grades até 24 de novembro, quando, após uma audiência de instrução, foi expedido um alvará de soltura. Surpreendentemente, a própria vítima manifestou-se a favor da liberdade do agressor, declarando não se sentir mais intimidada por ele.

Diante dessa reviravolta, a promotoria não encontrou justificativas para a manutenção da prisão preventiva de Felipe e, alinhada à vontade de Madalena, defendeu sua soltura. O Tribunal de Justiça ainda não se pronunciou sobre essa decisão.

O brutal crime ocorreu no Jardim Aureny III, na tarde de segunda-feira, 27. Felipe confessou o crime tanto para os policiais militares no local quanto durante o interrogatório na delegacia. Madalena foi encontrada com ferimentos de faca em sua cama, e apesar dos esforços do SAMU para reanimá-la, não foi possível salvar sua vida. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal após a realização da perícia.