Um incêndio em uma área verde na zona urbana de Palmas deixou cerca de 700 estudantes do Colégio Militar Senador Antônio Luiz Maya sem aula nesta quarta-feira, 11. O fogo, que começou na noite anterior, foi inicialmente controlado pelo Corpo de Bombeiros antes de atingir a estrutura da escola, mas as chamas voltaram a se alastrar na manhã desta quarta-feira, exigindo nova intervenção dos bombeiros.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), as atividades escolares foram suspensas devido à grande quantidade de fumaça e fuligem que invadiu as salas de aula. A decisão foi tomada como medida preventiva para garantir a saúde dos alunos e funcionários. A Seduc também informou que o dia letivo perdido será reposto posteriormente.
Imagens do incêndio, compartilhadas nas redes sociais, mostram a extensão das chamas e a fumaça densa que tomou conta da região. Quatro equipes do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para controlar o incêndio, que, embora tenha sido contido durante a madrugada, reacendeu na manhã desta quarta-feira.
Incêndios devastam o Tocantins
O incêndio em Palmas faz parte de uma série de queimadas que vêm assolando o Tocantins desde o início de setembro. Vários pontos turísticos, incluindo as Dunas do Jalapão e a Lagoa da Serra, foram severamente afetados. A Ilha do Bananal, uma das maiores áreas de preservação ambiental do estado, já perdeu mais de 250 mil hectares para o fogo nas últimas semanas.
O governo do Tocantins decretou situação de emergência e destinou R$ 6 milhões para o combate às queimadas, além de aumentar a contratação de brigadistas. As queimadas não têm apenas destruído a vegetação, mas também causado sérios danos à fauna local. Em Paraíso do Tocantins, um filhote de preá foi resgatado com queimaduras graves nos olhos, patas e focinho. O animal está em estado estável, mas perdeu a visão, segundo o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
Os esforços para conter os incêndios continuam em todas as regiões do estado, com brigadistas e bombeiros enfrentando longas jornadas para evitar que mais áreas sejam devastadas pelo fogo. O impacto ambiental é imenso, e as autoridades locais têm buscado conscientizar a população sobre os riscos e as consequências das queimadas, especialmente nesta época do ano, marcada pela estiagem severa e altas temperaturas.