Uma pesquisa realizada pela Diretoria de Desenvolvimento e Regulação da Graduação da Pró-reitoria de Graduação da Universidade Federal do Tocantins (DDRG/Prograd/UFT) revelou que apenas 12% dos egressos de cursos de graduação da Instituição estão fora do mercado de trabalho. Mais da metade do total de egressos atua como servidor público (52%), e 72% atuam na própria área de formação acadêmica.

A pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2016 e teve a participação de 877 dos mais de 15,6 mil egressos já formados na UFT desde a implantação da Universidade, em 2003. O relatório completo pode ser conferido aqui.

Egressos do Curso de Nutrição (Foto: Divulgação)Egressos do Curso de Nutrição (Foto: Divulgação)

Do total, 76% dos egressos disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com sua situação profissional atual, e 51% disseram não ter tido dificuldades de inserção no mercado de trabalho ou na execução da profissão. Quarenta e cinco por cento conseguiram o primeiro emprego na área de formação em até seis meses depois da conclusão do curso, e outros 11% conseguiram o primeiro emprego na área ainda no primeiro ano depois da formatura. Ainda conforme a pesquisa, 79% dos egressos da UFT continuam residindo no estado do Tocantins após a conclusão do curso de graduação.

Para a Pró-reitoria de Graduação, a expressiva inserção dos egressos no mercado de trabalho – de quase 90% – e a grande permanência no Tocantins desses ex-estudantes demonstra importância e a qualidade da formação oferecida na UFT.

“Tudo isso mostra que os nossos cursos de graduação estão atendendo às demandas do mercado de trabalho do Tocantins e que, por outro lado, os estudantes não estão ingressando no Ensino Superior apenas pelo diploma. Eles estão saindo da UFT preparados e em condições de concorrer às vagas existentes, e isso está fazendo a diferença e tendo reflexos significativos”, analisa a diretora de Desenvolvimento e Regulação da Graduação, Samara Queiroga.

Também de acordo com o levantamento, 72% dos egressos afirmaram que o curso de graduação atendeu de forma ótima ou boa as expectativas e necessidades pessoais e profissionais de formação acadêmica.

Câmpus de Palmas (Foto: Caio Capela/Arquivo Dicom)Câmpus de Palmas (Foto: Caio Capela/Arquivo Dicom)

“A avaliação preliminar é positiva e mostra que a Universidade vem cumprindo o seu papel social, tanto de formação profissional quanto de formação cidadã”, afirma a pró-reitora, Vânia Maria Passos, observando que 80% consideram a formação cidadã e geral para a vida oferecida na Universidade ótima ou boa. Além disso, 85% avaliam a formação teórica e 69% avaliam a formação prática recebida na graduação da UFT nesse mesmo patamar positivo (ótimo ou bom).

A pró-reitora também destaca os impactos que a formação superior teve na vida de muitos egressos que participaram da pesquisa. “Para muitos, a conclusão do curso superior possibilitou mudanças de emprego ou alguma promoção, e em alguns casos o aumento salarial após a conclusão da formação acadêmica foi de mais de 100%”, sublinha.

Com relação às perspectivas futuras, 49% dos egressos disseram acreditar que o mercado de trabalho ficará estável na área em que se formaram, nos próximos cinco anos, e 29% são mais otimistas: acreditam que o mercado irá se expandir.

Ainda conforme a pesquisa, 60% dos egressos da UFT ingressaram em cursos de pós-graduação, e 86% afirmaram ter interesse em voltar à UFT, principalmente para realizar cursos de mestrado ou doutorado (59%).

Próximas etapas

A diretora de Desenvolvimento e Regulação da Graduação explica que os resultados apurados até o momento ainda são preliminares e que a Prograd segue trabalhando para ampliar o alcance da pesquisa e também para fazer a análise de dados mais detalhada, por câmpus e curso. Por isso o questionário segue aberto a respostas e pode ser preenchido via internet por qualquer ex-aluno da UFT que tenha concluído curso de graduação na Instituição.

“As quase 900 respostas que recebemos na primeira fase de coleta já nos permitiram fazer essa análise parcial, mas queremos aumentar esse quantitativo para que os resultados da pesquisa sejam ainda mais expressivos”, disse ela, que espera uma maior participação especialmente de egressos dos câmpus do interior.

“Além disso, o cruzamento dos dados vai nos possibilitar conhecer mais detalhes sobre os nossos egressos, e tudo isso vai servir para auxiliar os Núcleos Docentes Estruturantes dos cursos no trabalho de avaliação e reflexão permanente sobre os Projetos Político-Pedagógicos dos cursos e o processo de ensino-aprendizagem”, explicou.

Para a pró-reitora Vânia Maria Passos, o mais importante é que todo esse conjunto de informações seja analisado em conjunto pela comunidade acadêmica. “Com essas informações, aliadas aos resultados do Enade, a Universidade terá melhores condições de verificar em quais pontos precisa melhorar. Mas essa é uma análise que precisa ser feita junto aos coordenadores, aos professores e aos próprios alunos. Todos precisam estar envolvidos nessa discussão sobre como potencializar essa formação”, pontua.