Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado

O laudo pericial que vai concluir as investigações sobre a morte do adolescente de 16 anos, Leandro Rocha da Cunha, atropelado por uma viatura da Polícia Militar (PM), no dia 20 de março deste ano já está na Delegacia de Homicídios.

O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o documento foi encaminhado ao delegado responsável na última sexta-feira 25, para que seja analisado. As investigações correm em sigilo.

Na época do atropelamento, o policial Silvestre Vieira de Farias Filho, suspeito de dirigir a viatura, chegou a ser preso no dia 27 de março, mas foi libertado em abril.

O advogado do policial, Indiano Soares Souza disse que não havia justificativas para que Silvestre ficasse preso e um pedido de liberdade foi solicitado ao Ministério Público Estadual (MPE).

No dia do atropelamento o Leandro estava indo pra casa da namorada. Testemunhas disseram que viram o adolescente passar pela rua sendo seguido pela viatura.

Em depoimento, a testemunha relatou ainda que Leandro teria virado à esquerda em uma rua e seguido na contramão. Ao reduzir a velocidade, a PM teria acelerado e também invadido a contramão e passado por cima do adolescente.

Um laudo confirmou na época que o cena do crime tinha sido alterada e que a viatura atropelou o menor numa velocidade de 45km/h. Ele foi arrastado por alguns metros.

Outra testemunha ocular que não quis ser identificada disse também que chegou ao local momentos após o atropelamento, sentou numa calçada e viu os policiais brigando com moradores da comunidade.

Ela sustenta a versão da família de que o adolescente estava indo para a casa da namorada.

“Ele estava indo pra casa da namorada dele e ele simplesmente se assustou com a polícia e a polícia estava correndo atrás dele sem necessidade também. Ele foi atropelado e jogado em cima da lixeira em frente a casa da minha amiga. A polícia estava agindo com brutalidade, até com moradores locais. Eles estavam caçando – (SIC) – confusão mesmo, daquele jeito. Eu olhei e pensei o quando a polícia é abusiva”, é o que conta a moradora a Gazeta.

A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Polícia Militar para saber como estão as Investigações Policial Militar (IPM) e para saber se o militar foi afastado de suas funções, mas até o final desta matéria a corporação não enviou nenhuma resposta.

Nossa equipe tenta contato também com o advogado de defesa do PM. Ressaltamos ainda que o espaço está aberto tanto para a Corporação quanto para o policial citado.