O Memorial Quilombo Mumbuca: Vozes da Cultura Jalapoeira marca o retorno do Tocantins a maior premiação na área do Patrimônio Cultural em todo o país, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade. O projeto recebeu menção honrosa da Comissão Nacional de Avaliação. Em 2020, houve um recorde de 515 concorrentes.
Criada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a premiação acontece desde 1987, reconhecendo iniciativas de excelência e caráter exemplar. Nesta na 33ª edição Prêmio Rodrigo 2020, 12 ações receberão R$ 20 mil em recursos do Instituto. Outras cinco foram reconhecidas como menções honrosas.
Os projetos passaram tanto pela análise das comissões dos respectivos estados quanto pela apreciação da Comissão Nacional, composta por 21 especialistas de renome na área do Patrimônio Cultural. Entre eles, estão técnicos, pesquisadores e professores universitários. Também fazem parte dela a presidente e os diretores dos cinco departamentos do Iphan.
“É com grande orgulho que o Governo do Tocantins recebe esta notícia. O Estado possui um importante patrimônio a ser preservado e projetos como este, da Comunidade Mumbuca, reiteram seu valor”, comemora o presidente da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc) e secretário de Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Tom Lyra.
Mumbuca
Localizada no município de Mateiros, no Jalapão, e reconhecida como quilombo pela Fundação Palmares, a Comunidade Mumbuca ficou famosa pelo artesanato em capim dourado, iniciado por Guilhermina Ribeiro da Silva, a Dona Miúda (1928-2010), matriarca do povoado. Hoje, sua economia é baseada na produção artesanal, na agricultura e no turismo.
A comunidade é formada possui cerca de 200 moradores, em sua maioria descendentes de escravos que saíram da Bahia no início do século passado, em busca de melhores condições de vida.
A expressão indígena “mumbuca” refere-se a um tipo de abelha azul comum na região.