
A Polícia Federal (PF) inaugurou em Manaus (AM), na terça-feira (17), o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), que funcionará como um ponto central de inteligência com os demais países da América Latina que compõem a Amazônia Legal.
O novo Centro servirá como um espaço de articulação conjunta entre forças de segurança pública do Brasil e de países vizinhos. A PF destaca que o CCPI deve “promover o intercâmbio ágil de informações”.
No local também haverá desenvolvimento de ações integradas no combate a crimes ambientais, ou seja, planejamento de operações contra grilagem de terra, garimpo ilegais e investigações contra facções criminosas que tentam se instalar na região, além de tráfico de drogas e contrabando.
O CCPI também passa a ter representantes dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A estrutura do Centro inclui serviço de inteligência, divisões de operações e logística, sala de videomonitoramento, gabinete de crise e sala de imprensa.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, do secretário nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, do diretor-geral da PRF, Antonio Fernando Oliveira, do diretor da Amazônia e Meio Ambiente da PF, Humberto Freire, entre demais autoridades.
O CCPI é uma entrega do governo federal no âmbito do “Plano Amas: Amazônia: Segurança e Soberania”, em parceria do MJ e do Ministério do Meio Ambiente com o BNDES.
“Segurança pública não se faz com frase de efeito e grandes espetáculos. Se faz com inteligência, estratégia, conhecimento e integração. Um dos pilares [do centro] é cooperação doméstica e internacional. Temos cooperação com 9 países da Amazônia Legal. E esse é o primeiro prédio da PF a ser 100% carbono zero, uma iniciativa que se encaixa no contexto”, destaca o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
O centro terá uma sala chamada “Mario Sposito”, em homenagem ao delegado da PF que morreu na segunda-feira (16) e é tido como uma referência no combate do crime organizado na Amazônia. O especialista em segurança começou seu trabalho na região em 1978 e virou símbolo dentro da PF e do Ministério da Justiça.
Fonte: CNN Brasil