(Foto: Pixabay)

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Pular o café da manhã regularmente pode ser prejudicial para o seu coração, sugere um novo estudo espanhol. Os voluntários que não se alimentavam de manhã ou tomavam apenas um suco ou café apresentaram mais chances de desenvolver aterosclerose, que é o endurecimento e estreitamento das artérias, o que pode aumentar os riscos de doenças cardíacas.

As descobertas se mantiveram consistentes mesmo após os pesquisadores terem levado em conta a qualidade da dieta dos envolvidos na pesquisa, assim como outros fatores de risco, como tabagismo, colesterol alto e falta de exercícios.

Por outro lado, uma maior ingestão de calorias pela manhã pode resultar no melhor controle de açúcar no sangue ao longo do dia e também pode ajudar a conter a fome e regular o apetite, o que ajuda a evitar o excesso de comida, afirmou ao Live Science José Penalvo, professor da Universidade Tufts, em Boston.

Os especialistas dividiram os voluntários em três grupos: os que não comem nada durante a manhã, os que comem pouco e os que comem bastante. O estudo mostrou que quem pula o café da manhã ou come muito pouco tinha 1,5 vezes mais placa em suas artérias, em comparação com os que comem bastante.

Além disso, essas pessoas também se mostraram mais propensos a ter excesso de peso ou serem obesas, e apresentaram ter uma dieta geral pior do que aqueles que comem mais pela manhã.

Para um café da manhã de alta energia consistente com as diretrizes utilizadas na pesquisa, Penalvo sugere uma omelete de vegetais e torradas de grãos, ou uma tigela de cereais integrais com frutas frescas ou nozes, bem como café e suco.

Entretanto, os especialistas lembram que o estudo não é a prova final necessária para relacionar os fatores, já que poucas pessoas que pulam a primeira refeição do dia participaram dele.

Além disso, muitos dos participantes estavam com excesso de peso ou obesos e eram mais propensos a informar que estavam fazendo dieta, ou seja, é possível que eles estivessem pulando o café da manhã para perder peso.

(Com informações de LiveScience.)

Fonte: Revista Galileu