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No Brasil, a fila de espera por um transplante tem 40 mil pessoas que precisam de uma segunda chance

Único transplante realizado no TO é o de córnea; no ano passado foram cerca de 60 procedimentos

 

Medo, angústia e esperança são sentimentos que, normalmente, são comuns e se misturam quando uma pessoa entra na fila de espera por um transplante de órgãos. Atualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 40 mil brasileiros se encontram nessa situação, dependendo de um ato de solidariedade que precisa acontecer no momento mais doloroso da vida, que é a perda de uma pessoa amada.

 

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Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões podem ser doados, mas nem todos os estados do país realizam todos esses tipos de transplante. A maioria faz apenas a captação dos órgãos, como é o caso do Tocantins, onde o único transplante realizado é o de córnea. Atualmente estão inscritos na fila para transplante de córnea no estado aproximadamente 250 pessoas.  Em 2023 foram realizados 60 procedimentos.

 

As principais indicações de transplante de córnea são opacidades corneanas (como cicatrizes ou edema da córnea) ou alterações avançadas no formato da córnea (como o ceratocone). Existem ainda as indicações de transplante de córnea de urgência em casos de infecções graves que não respondem ao tratamento medicamentoso e alguns casos de perfuração ocular.

 

O oftalmologista é o médico que pode avaliar se há indicação do paciente ser submetido ao transplante. No estado, existem equipes habilitadas pelo ministério da saúde no sistema público e particular. Palmas e Araguaína realizam transplantes de córnea. A maioria das captações de córnea ocorrem em pessoas que morreram com parada cardiorrespiratória, mas acontecem também em doadores com morte encefálica. Hoje, Palmas, Araguaína e, recentemente, Gurupi, tem equipes de busca de doações de órgãos e tecidos.

 

“A córnea é uma estrutura delicada, então, o recomendado é que todos realizem exame médico oftalmológico periodicamente (em geral uma vez ao ano), a fim de detectar problemas precocemente, tratar e muitas vezes até evitar que haja necessidade de transplante de córnea”, explica a médica oftalmologista do Hospital de Olhos de Palmas (HOP), Dra. Ana Beatriz Dias.

 

Qualquer pessoa sem contraindicações pode se tornar um doador de órgãos e tecidos, mas a doação de fato só é realizada se a família autorizar o procedimento, por isso, o ideal é manifestar essa vontade de ajudar ao próximo para todos os familiares e amigos. Para conscientizar a população sobre a importância da doação, durante esse mês, é realizada a campanha “Setembro Verde”. Um único doador pode salvar até oito vidas.

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