O aterro sanitário de Palmas está operando com uma nova lagoa de tratamento do chorume, que é um líquido preto, viscoso e mau cheiroso, formado a partir da decomposição da matéria orgânica. Denominada de lagoa de polimento, ela tem como função principal aperfeiçoar a depuração do chorume para a infiltração no solo.
O chorume é lançado nas cinco lagoas anaeróbicas de tratamento, que foram construídas para atender a nova célula do aterro, que recebe o lixo produzido na Capital. Na nova lagoa, a água já conta com mais de 80% de pureza, sendo possível visualizar em seu diâmetro, a presença de seis patos selvagens.
As lagoas ficam em uma área de 26 mil metros quadrados e recebem o chorume que passa por um tratamento natural feito pelas próprias bactérias e micro-organismos presentes no líquido
Bioindicadores de qualidade
De acordo com o engenheiro responsável pelo aterro sanitário da Capital, João Marques, a presença de patos selvagens na lagoa e no perímetro do aterro é a prova viva da eficiência no tratamento do chorume. “Os patos estão sendo usados como bioindicadores de qualidade no tratamento do chorume”, explicou.
Ainda de acordo com o engenheiro João Marques, o aterro sanitário da Capital também receberá, ainda neste mês de junho, cinco novos poços de monitoramento em torno de sua expansão.
Também será instalada, dentro de 90 dias, uma cerca com tela galvanizada numa área de 4.500 metros de extensão com altura de um metro e meio. Atualmente a área é cercada com arame farpado.
Aterro sanitário
Construído para atender a Lei 12.305/2010 que determina o fim dos lixões no País, o aterro sanitário da Capital está localizado em uma área de 92.14 hectares, na região do São João. Tem capacidade para 100 mil toneladas de resíduos sólidos por ano, e recebe em média 250 toneladas de lixo por dia.
O aterro conta ainda com uma barreira natural em todo seu perímetro, com 4.500 mudas de eucaliptos, o que evita a proliferação de odor.
Museu do Lixo
No local ainda há a sede administrativa, onde é possível conhecer o Museu do Lixo, criado em 2009, com objetos e peças curiosas encontradas durante o processo de compactação do lixo, como máquina de escrever, celulares antigos, LPs, imagens de santos, além de fotografias da fauna e flora encontradas durante o descarte do lixo na área do aterro.