Brener Nunes – Gazeta do Cerrado
A Gazeta do Cerrado conversou no final da manhã desta quinta-feira, 12, com o vencedor da eleição para diretor do campus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Marcelo Leineker, sobre a infraestutura e obras paradas. Segundo ele, os projetos das obras estão sendo refeitos junto aos colegiados dos cursos de Engenharia Elétrica e Teatro. A previsão é que em cada prédio seja investido R$ 1,8 mi”, contou.
Marcelo Leineker junto com seu vice, Eduardo Cezari, concorreram na Chapa 1 – Viver e Integrar o Campus, contra a Chapa 2 – Em Nome do Campus, composto pelas professoras Marluce Zacariotti e a vice, Keila Beraldo.
No momento, para ele, o foco é a melhoria no aprendizado dos estudantes. “Estamos comprando todos os equipamentos para os laboratórios. Vamos aguardar os colegiados finalizarem os projetos, para depois fazermos a licitação das obras”, pontuou.
Leineker também falou sobre a infraestrutura e segurança no campus. “Olha, em 2016, nós implantamos 200 postes de iluminação baixa, também chamados de postes pirulitos. E em setembro do ano passado, trocamos todas as lâmpadas dos postes de iluminação alta por lâmpadas de luz branca”, destacou.
“Estamos também melhorando a iluminação em alguns pontos, por exemplo, no caminho para o Restaurante Universitário (RU)”, completou.
O diretor também comentou sobre um projeto que deve extinguir o desperdício de água, pois algumas caixas, derramam o dia inteiro. “Temos um projeto baseado em um TCC de um aluno de engenharia civil, e já devemos aplicá-lo ainda este ano. Ele terá quatro etapas, mas nossa prioridade ainda são os equipamentos para os laboratórios”, disse.
Segurança
Sobre a segurança, Marcelo afirmou que o campus é seguro, o que precisa ser melhorada é a sensação de segurança. “Não temos nenhuma ocorrência de assalto, furto ou estupro”, disse.
“Temos câmeras na entrada e saída de todos os prédios e rondas motorizadas”, frisou.
Ex-reitor repercute
O ex-reitor da UFT, Márcio da Silveira, se manifestou no Facebook sobre o processo eleitoral. Ele afirmou que a maioria votou pensando e legitimando a continuidade de processos, acreditando que tudo está em seu caminho natural.
Veja a integra do post de Silveira:
Quanto ao pleito no campus penso como você. Os números pouco me importam, pois estamos lhe dando com pessoas, com suas vidas, seus espaços acadêmicos. Tudo isso é um jogo de poder. Penso que a chapa 2 saiu vitoriosa porque ela cumpriu o papel de legitimar a democracia na universidade. Ela permitiu que as pessoas pudessem fazer suas escolhas, se não iríamos aprofundar a apatia que tomou conta dos espaços universitários, dos gabinetes burocráticos, e do individualismo crescente na vida acadêmica. A chapa 02 foi vitoriosa porque ela fortaleceu o debate construtivo das ideias, mesmo no contexto de autoritarismo, onde não se podia levar as ideias das chapas para as salas de aula. Fortaleceu, quando colocou a disposição suas propostas, de autonomia, de gestão além da crise. Tudo isso qualificou o debate. Quanto aos números, esses não ficam na história, eles se perdem.. mas as ideias permanecem, até mesmo porque são elas que movem o mundo ! Por fim minha avaliação é muito simples : a maioria votou pensando e legitimando a continuidade dos processos, acreditando que tudo está no seu caminho natural. Por outro lado ficaram os votantes que acreditam que é preciso mudar, aperfeiçoar os processos, ter mais proatividade, e mais autonomia. Quem estará com a razão ? Só o tempo irá dizer ! Mas como não sou relógio me atrevo a fazer minhas inferências filosóficas : água parada cria mosquito… pequeninos, que voam, se multiplicam e que podem causar danos.. vamos aguardar !