Maju Cotrim
Este ano de 2019 a Polícia Federal realizou várias operações nas madrugadas com vários mandados de prisão e busca e apreensão em casas de luxo, apartamentos e até casas de políticos. Somando todos os desvios suspeitos nas operações este ano no Tocantins as cifras podem chegar a bilhões.
O ex-governador Marcelo MIRANDA está preso há quase três meses bem como o irmão, Junior Miranda, em razão destas operações. O caso teve repercussão nacional.
As investigações de diferentes operações, entre elas a “Reis do Gado”, a “Marcapasso”, a “Pontes de Papel”, a “Convergência”, e a Lava Jato resultaram em várias outras acusações e suspeitas de desvios milionários para os cofres públicos.
A operação Replicantes, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo gráficas para desviar dinheiro dos cofres públicos e prendeu várias pessoas dentre elas o empresário Franklin Douglas que ainda está na Casa de Prisão Provisória, foi outra grande surpresa que abalou as estruturas do Tocantins.
Operações da Polícia Civil
Em meio a “queda de braço” e várias polêmicas com delegados e alguns setores da área de Segurança Publica não Faltaram operações este ano. Uma delas, logo no início do ano, chegou a ser no Palácio Araguaia, para apurar suspeitas de servidores fantasmas. No final deste ano uma reviravolta: o Supremo mandou trancar o inquérito.
Além da Catarse, que teve vários desdobramentos, principalmente na região norte, e também em alguns gabinetes da Assembleia, este foi um dos anos que mais teve operação como as “ONGs de Papel”.
Na Catarse mandados chegaram a ser cumpridos na chácara do deputado estadual Valdemar Junior.
Veja as principais operações deste ano no TOCANTINS:
Operação Uruatu
A operação Uruatu visa desarticular uma suposta organização criminosa suspeita de desvio de recursos públicos e de lavagem de dinheiro por meio de laranjas e testas de ferro.
De acordo com a Polícia Federal, essa nova investigação foi um desdobramento da Operação Reis do Gado, deflagrada pela PF em 2016. A suspeita é de que o grupo tenha desviado mais de R$ 50 milhões em contratos públicos ligados a empresas.
Operação Replicantes
A operação foi contra uma organização criminosa suspeita de manter um esquema de corrupção envolvendo gráficas. O grupo é suspeito de peculato, fraudes em licitações, desvio de recursos e lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, além de uma ordem de prisão preventiva e duas temporárias. A ação foi chamada de Operação Replicantes.
Operação Catarse
A Operação Catarse é uma força-tarefa de várias delegacias do estado para investigar danos ao erário público. As investigações começaram após denúncias de funcionários fantasmas do governo do Estado em Araguaína, norte do Tocantins, em dezembro de 2018.
-Fraudes em Prefeituras
Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal em 15 cidades do Tocantins e Maranhão. Foram cerca de 120 policiais e auditores da Controladoria Geral da União participando da ação, que foi chamada de Imhotep. De acordo com a PF, a operação busca desarticular organização criminosa responsável por fraudes em contratos públicos, corrupção, desvio de recursos. O dano aos cofres públicos apurado é de de R$ 2,8 milhões.
Operação Apocalipse
A Polícia Federal deflagrou em outubro a Operação Apocalipse 5º Selo, visando desarticular facção criminosa responsável por crimes como extorsão mediante sequestro, roubo, homicídio e tráfico de drogas. A operação é resultado de um trabalho conjunto com a Polícia Civil do Estado do Tocantins no compromisso de combater de forma efetiva a atuação de facções criminosas na cidade de Araguaína/TO.
Operação 12º Trabalho
Operação “12º Trabalho”, visa desarticular organização criminosa envolvida em várias investigações da Polícia Federal, suspeita de manter um sofisticado esquema para a prática constante e reiterada de atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais; sempre com o objetivo de acumular riquezas em detrimento dos cofres públicos.
ONGs de Papel
A operação ONGs de Papel foi iniciada no dia 1º de julho, quando a polícia cumpriu mandados em secretarias estaduais e em institutos de Araguaína, norte do Tocantins. A suspeita da polícia é de que eventos realizados por ONGs foram superfaturados como parte de uma estratégia para desviar recursos. O dinheiro era oriundo de emendas parlamentares. Entre as ONGs investigadas está o Instituto Prosperar (IPROS). A Polícia Civil acredita que as licitações feitas pela instituição foram direcionadas. Um dos principais indícios apontados pelos investigadores é o fato de que, em pelo menos quatro processos, as concorrências foram vencidas pela empresa de um dos diretores da própria IPROS.