Foto – Raíza Milhomem

O Parque dos Povos Indígenas de Palmas sediará neste sábado, 13, das 16 às 20 horas, um mutirão de testagem de leishmaniose visceral (calazar) em cães e feira de adoção. Promovido pela Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus).  O evento faz parte da ‘Semana de Prevenção e Combate das Leishmanioses’, que inclui outras atividades como ações de educação em saúde em escolas e universidades e campanha de vacinação antirrábica na zona rural.

As atividades da semana começaram na segunda-feira, 08, e prosseguem até o dia 19, com a promoção de palestras de educação em saúde voltadas para alunos de 03 a 18 anos, e também nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) para atender a população das áreas endêmicas sobre importância da posse responsável de um animal doméstico e o perigo da transmissão da doença. Para encerrar a programação, no dia 20, das 8h30 às 12h30, a UVCZ  realizará  um mutirão de testagem, orientação e a abertura da campanha anual de vacinação antirrábica na zona rural, em Buritirana.

O objetivo dessas ações é orientar a população sobre a doença e informar sobre as formas de contágio, prevenção e tratamento. Segundo o coordenador da UVCZ, Auriman Cavalcante, ainda há muito desconhecimento e negligência sobre os riscos da enfermidade e possíveis tratamentos. “Daí porque a UVCZ intensificará essas ações durante a Semana Nacional.”

Cavalcante ressalta que Palmas é uma área de transmissão intensa para leishmaniose visceral canina, mais conhecida como alazar. Segundo ele, isso ocorre por causa das condições climáticas da Capital (altas temperaturas e umidade), que propiciam a proliferação do mosquito palha (Lutzomyia longipalpis), que é o transmissor da doença, e encontra nestas características o ambiente ideal para se adaptar e proliferar. “Por isso, a melhor forma da população combater o mosquito é eliminar os possíveis criadouros, encontrados em matéria orgânica como restos de comida, frutas, fezes de animais, folhas e galhos.”

 

Leishmaniose
Popularmente conhecida como calazar, a leishmaniose é uma doença causada por um protozoário parasita do gênero Leishmania, transmitida pelo mosquito palha. Esse mosquitinho possui hábitos noturnos e se alimenta de sangue, tendo como alvo animais de sangue quente. Por esse motivo os cães tornam-se reservatórios domésticos da doença.
A manifestação dela ocorre de duas formas, sendo a leishmaniose visceral (LV), mais comum nos cães, e a leishmaniose tegumentar americana (LTA), que apresenta lesões cutâneas e mucosas nos humanos.

 

Gurupi

Dando continuidade às ações da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, a Secretaria de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) realiza um mutirão que pretende combater e prevenir a leishmaniose ou calazar. A ação será realizada nesta sexta-feira, 12, no setor Vila Alagoana, das 08h às 11h.

Uma tenda será instalada na rua Newton da Rocha, entre Roraima e Fernando de Noronha, onde serão realizadas castrações e testes rápidos para leishmaniose. Além disso, os Agentes de Combate à Endemias (ACE) estarão fazendo visitas nas residências para informar e tirar dúvidas dos moradores em relação à doença.

O mutirão será realizado com a colaboração dos ACE e a definição do setor considerou a única notificação do ano de calazar em humano. Os dados monitorados pelo CCZ apresentam um panorama de alerta para a doença em humanos, em razão de índices elevados de animais contaminados.

Leishmaniose

A transmissão da doença ocorre pela picada de um mosquito vetor, conhecido como mosquito palha. A transmissão ocorre quando as fêmeas do mosquito palha picam cães infectados e posteriormente picam as pessoas ou outros cães. Devido ao fato de o inseto utilizar matéria orgânica em decomposição para postura dos ovos, quintais com canis, galinheiros, criação de suínos e muitas árvores são os locais ideais para criadouro do mosquito palha.

A leishmaniose é uma doença que, se não for tratada adequadamente, pode levar à morte até 90% dos casos, o diagnóstico precoce pode salvar vidas. As principais vítimas são as crianças e os idosos. Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral humana tem tratamento gratuito e está disponível na rede pública de saúde, ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Fontes – Secom Gurupi e Secom Palmas